segunda-feira, agosto 25, 2008

Verão 2008

Já vai longo o jejum de posts por este estaminé. Como é natural, a malta entrou de férias e não temos dado notícias por estarmos afastados das lides informáticas. Aproveito agora este bocadinho em que me encontro no meu barraco de Vila Nova de Milfontes, para dizer que este verão foi cheio de experiências, e que o que começou com uma simples ida a Paredes de Coura, transformou-se numa volta a Portugal a percorrer tudo o que era festival neste país. Encontros e reencontros pelo meio, não cheguei a aprender de quantas maneiras se come o bacalhau (mas vou descobrir!), vi concertos memoráveis e terríveis, dormi em cima de pedra, em cima do chão, em cima de feno, debaixo de chuva e sol e vento, às vezes tudo ao mesmo tempo, castiguei severamente o meu fígado, as minhas pernas e a minha carteira, mas penso que terá valido a pena: devo admitir que este verão de 2008 foi (e ainda está a ser, felizmente) memorável, pelo menos no que me diz respeito. Para breve fica prometida uma descrição do melhor e do pior que se viu (e ouviu) por aí, e uma pequena reflexão sobre as experiências que tive.

Agora tenho que ir, pois tenho um pratinho de caracóis à minha espera. Aproveitem bem o que ainda resta das férias, desgracem-se agora, poupem-se depois.

Ciao!

quarta-feira, julho 30, 2008

Paredes de Coura 2008


Vamos andar por lá até Domingo. Depois damos notícias.

Cumprimentos, Simão Martins

sábado, julho 19, 2008

Mr. Wind

Deixo-vos com um anúncio de televisão absolutamente delicioso. Simplicidade e criatividade de mãos dadas.

quarta-feira, julho 09, 2008

Optimus Alive!

E porque amanhã começa o Alive! (aqui este vosso humilde blogueador irá apresentar-se em Algés nos 3 dias do festival), aqui ficam umas amostras do que se poderá ouvir nestes dias. O muito aguardado regresso do rock puro e duro, com as letras mais revolucionárias da década de 90 - Rage Against The Machine-, o garage rock dos The Hives, o ElectroPop das CSS e dos MGMT, o Punk Cigano dos Gogol Bordello, o Discosound dos Hercules and Love Affair, a melancolia dos The National, e o Indie fresquinho e viciante dos Vampire Weekend, os dinossauros Bob Dylan e Neil Young, entre muitos, muitos outros.. São muitos os argumentos para lá estar, e poucas as desculpas para não por lá os pés.

Para um aquecimentozinho:


Rage Against The Machine- Bullet In The Head






Gogol Bordello - Start Wearing Purple





The Hives - Tick Tick Boom





Vampire Weekend - Mansard Roof




The National - Mistaken For Strangers

terça-feira, julho 08, 2008

Good Song

É realmente uma (muito) boa canção, esta que os Blur nos oferecem em Think Tank. Estava para aqui a estudar em modo shuffle no iTunes, e o dito passou por esta faixa, que me deixa sempre extremamente bem disposto, não percebo bem porquê. Para acompanhar, o video bizarro, mas divertido, que dá imagem à música destes veteranos rapazes britânicos. Já agora aproveito para dizer que este álbum (Think Tank) é uma autêntica maravilha, aliás como tudo o sr. Damon Albarn faz. Altamente recomendável.


Good Song - Blur

quarta-feira, julho 02, 2008

Olha que esta.....





«Não sou suficientemente retrógrada para ser contra as ligações homossexuais; aceito, são opções de cada um, é um problema de liberdade individual e sobre a qual não me pronuncio. Pronuncio-me, sim, sobre o tentar-se atribuir o mesmo estatuto àquilo que é uma relação de duas pessoas do mesmo sexo igualmente ao estatuto de pessoas de sexo diferente»



"A finalidade principal da família é a procriação"



«Admito que esteja a fazer uma discriminação, porque é uma situação que não é igual.»


Não sabia que se podia escolher ser homossexual. Também não sabia que os casais com problemas de infertilidade ou as mulheres menopáusicas, homens e/ou mulheres que queiram ser pais solteiros, não podem constituir família. Não procria, então não serve. Bom, também não sabia que se pode fazer tamanha figura de urso em televisão, e ainda por cima admiti-lo de ânimo tão leve.

Parece-me que a Manelita Ferreira Leite não se fica com o "Salazar de Saias", ela quer mesmo é ser o "Hitler Tena Lady". Ou o "Papa de Cabelo Armado". Sim, porque esse já anda de saias. E sapatos Prada. Enfim...

domingo, junho 22, 2008

Separados à nascença 3




Os convidados de hoje, Roberto Donadoni (seleccionador italiano) e Wayne Coyne (líder dos Flaming Lips) foram separados à nascença, mas uma coisa é certa: anos mais tarde, frequentam o mesmo barbeiro!

Cumprimentos, Simão Martins

sábado, junho 14, 2008

Viva a Vida ou a Morte e Todos Os Seus Amigos

Os Coldplay são a banda paradigmática que representam aquela síndrome de banalização que acompanham uma banda que se vê a braços com uma explosão de sucesso, após a edição de um álbum particularmente inspirado.


Hoje em dia, para alguém que se diga apaixonado pela música por géneros alternativos ou por rock em geral, é quase um sacrilégio afirmar que se gosta de Coldplay. Mas eu bem me lembro aqui há uns anos, quando surgiu o primeiro álbum Parachutes, o quarteto britânico era a grande sensação da cena Indie. Um album que poucos conheciam, mas que continha hinos que se tornaram intemporais, e tão característicos da banda, tais como Yellow ou Touble. Quando o 3º album de originais saltou para os escaparates, os Coldplay foram apelidados de vendidos, lamechas, choninhas, U2 "wannabe's", etc. Mas a verdade é que não tenho quaisquer dúvidas que, se X&Y tivesse sido o primeiro album dos Coldplay, teria tido uma enorme sucesso dentro da mesma comunidade que aclamou Parachutes ou A Rush of Blood to The Head. Mas quando uma banda deixa de agradar a 200 pessoas, para agradar a 200 mil, subitamente sofrem esta etiquetação bacoca e mesquinha, passando de anti-heróis e ídolos, a vendidos desinspirados, só porque agora enchem o Pavilhão Atlântico, em vez de encher o Santiago Alquimista.


Os Coldplay fazem baladas rock de estádio como ninguém faz actualmente. A verdade é esta. E não se propõe a fazer mais nada para além disso. Se eu quiser ouvir um album de Radiohead, ouço os originais. Não preciso, nem quero, que os Coldplay os imitem. E eles não o têm de fazer, apenas para se manterem fiéis ao público que os idolatrava no início da sua carreira. Acho que para uma banda evoluir, ela precisa, necessariamente, de aumentar o raio do seu público-alvo. Muitas tentam e não conseguem. No caso dos Coldplay, de álbum para álbum, eles foram aumentando a sua riqueza de produção, as melodias tornaram-se mais épicas e ambiciosas, e graças a isso, conquistaram o seu lugar. E para mim, há que dar mérito a isso. Mas há muito mais na música dos Coldplay, muito mais há a explorar, para lá desse estereótipo que lhes foi colocado. É só preciso ouvir com atenção.

As insistentes comparações aos U2 são uma arma frequentemente usada para minimizar e desvalorizar as obras que os Coldplay editam, numa tentativa bacoca e desesperada de descredibilizar o mérito que a banda tem em chegar aonde chegou. Não é bocado ridículo criticar quem inventou o iogurte líquido de morango, só porque já existe alguém que inventou iogurte natural há "x" anos? Não é a música uma arte em constante evolução (tal como todas as outras artes), em que as novas criações implicam sempre inspiração em obras anteriores? Não se enganem, sempre foi assim, e sempre será. Nada nem ninguém cria nada do zero. A diferença está em quem consegue manter essas inspirações o mais subtil possível, e criar uma mistura tal, que se acaba por criar o estilo próprio. E assim, a cópia transforma-se em inovação. O que é certo é que os Coldplay conseguiram-no. É música comercial? Talvez, se é fácil de se ouvir, trabalha com harmonias agradáveis de acordes em modo maior, riffs de guitarra com muito reverb, refrões orelhudos, e todo um sem número de pormenores técnicos que definem "música comercial". Mas é com certeza da melhor que para aí anda. Porque os gostos não se discutem, educam-se.


Não obstante tudo isto, os Coldplay querem por para trás essa imagem de "crowd pleasers", que tende a toldar aquilo que realmente interessa: a música.
Para o novo álbum, para além de arranjarem um título simplesmente horroroso (Chris Martin simplesmente não tem jeito para nomes nem para letras, é a única crítica mais negativa que tenho em relação a estes rapazes) os Coldplay esqueceram a fórmula A:B:A:B:C:B, para se dedicarem a explorar novos caminhos. Não tiveram medo de experimentar novos instrumentos, usam e abusam das orquestrações e sintetizadores, e as músicas tornaram-se menos óbvias. A estrutura das canções é mais complexa, e não são poucas as vezes em que encontramos mudanças drásticas no ritmo a meio de uma faixa. Existem 3 faixas escondidas, em 3 músicas diferentes, e por mais que tentemos, em Viva La Vida não existem singles óbvios. No álbum conseguimos indentificar nuances dos 3 álbuns anteriores ("Strawberry Swing" - Parachutes, "Yes" - A Rush of Blood...; "Lost!" - x&y), mas por outro lado, encontramos uma nova vontade, uma nova preocupação em ser mais imprevisível, como no muito Arcade Fireano "Lovers in Japan/Reign of Love", "42" ou no single "Violet Hill".


Um passo corajoso a tomar, mas que, a meu ver, peca por ser curtinho, e por ser demasiado óbvio. Esforçaram-se demasiado, e gostaria de ver um album mais ambicioso, mais audaz. É um album paradoxal: dá vontade de dizer que é o melhor que os Coldplay já fizeram até hoje, mas que lhe falta algo. Dentro deste género em particular há muita luta e escolha, e os Coldplay, se quiserem continuar por este caminho, precisam de fazer mais e melhor. No entanto, acho que esta nova direcção dos Coldplay é a mais acertada, e estou muito curioso para ver o que mais poderá surgir daqui. Viva la Vida não deixa de ser, no entanto, a melhor coisinha que eles já fizeram. E digam o que disserem, não consigo não gostar de Coldplay.


Alinhamento (em negrito, aquelas que mais me chamaram a atenção)


"Viva la Vida or Death and All His Friends"

Life in Technicolor
Cemeteries of London
Lost!
42
Lovers in Japan/Reign of Love
Yes
Viva la Vida
Violet Hill
Strawberry Swing
Death and All His Friends



Lost! - Coldplay

quarta-feira, junho 11, 2008

Lição de Sabedoria

"A única coisa que existe para prever o futuro é o Tarot. O resto são tretas e não devias acreditar nisso", in Morangos Com Açúcar

Foi durante uma pausa no meu estudo, enquanto "zappava" pelos canais de televisão à procura de um directo de Neuchâtel que me informasse qual é o after-shave do Miguel Veloso, que me deparei com esta afirmação absolutamente "iluminante" e esclarecedora. A sério pessoal, esqueçam lá os exames e aprendam mas é alguma coisa com estas pérolas com que esta aclamada série juvenil nos brinda todos os dias.

sábado, junho 07, 2008

Rock In Rio

Bom, e os 53€ lá nos valeram, com três grandes concertos. Aqui vos deixo uma das canções da noite, Starlight, dos Muse. De resto, Kaiser Chiefs e Offspring deram autênticos espectáculos de guitarradas e coros.




Cumprimentos, Simão Martins

quinta-feira, junho 05, 2008

O coração aperta

E diz que é já amanhã...

terça-feira, junho 03, 2008

Ah, patife!!

O Scolari anda a enganar-nos, minha gente. O gajo andou no regabofe antes de ir para a Suíça. Mesmo com óculos e cabelo pintado, descobri o malandro no Rock in Rio a assistir ao concerto dos Tokio Residencial. Olha lá ali o gajo a pensar que ninguém dá por ele... Patife!










P.S.: Agora olhem bem para as fãs dos Tokio Motel. Vá gritem lá: "AAAHHHHH!!! F************, CUM CAR*******!!"

São lindas, não são? Medo.....

segunda-feira, junho 02, 2008

Acerca de Profissionalismo e Hipocrisia


Foi com muita curiosidade que, na passada 6ª feira, me pus a ver o concerto da famigerada Amy Winehouse que estava a ser transmitido pela televisão, naquele que foi o 1º dia do Rock in Lisboa 2008. Depressa a curiosidade deu lugar à perplexidade e ao espanto. Não pelo mais que óbvio estado miserável em que a cantora se apresentou no palco, porque quem tem a paixão pelo mundo da música como eu, há muito que está habituado a ver o nome de Amy Winehouse nos escaparates devido às suas aventuras e complicações com a droga e o álcool, dizia eu que não tanto em relação a isso, mas mais em relação ao absurdo da questão.


Não foi portanto com surpresa que vi aquela rapariga franzina a subir ao palco, cambaleante, desorientada, naquele seu estilo próprio de dançar timidamente ao ritmo das músicas a que dá voz. Mas na 6ª passada não foi isso que aconteceu. Amy Winehouse não deu voz a nada. Ou se deu, não terá sido à sua música, mas antes à alimentação de uma imagem que a persegue há muito tempo, imagem essa que alimenta todo um hype, a meu ver, inexplicável, e que levou 90 mil pessoas a esgotar o primeiro dia do Rock In Rio (bom, ok, talvez a Ivete Sangalo e os nossos amigos brasileiros tivessem dado uma ajuda).

Vamos lá a ser francos: Amy Winehouse tem uma voz espantosa, sim, mas é só. Ela nasceu com um dom e um talento que muitos matariam para ter. E inexplicavelmente, ela não quer saber disso. A sua música não tem nada de inovador, é apenas revivalista. Sim, ela construiu todo um imaginário e um visual próprio, que a torna única. Pois, mas também os Tokio Hotel o fizeram.
Aquilo a que se assistiu na passada 6ª feira, não foi mais do que um circo lamentável, um espectáculo triste. Como é que alguém se deixa expôr daquela maneira? Não só é uma falta de respeito para com o público, mas principalmente para com os membros da sua banda, que ensaiaram durante 2 semanas que antecederam o espectáculo, sem que Amy tivesse comparecido a um único ensaio. E que falta de respeito por si mesma.
Ao olhar para o que a televisão me mostrava, não vi diferença entre a rapariga que estava a (tentar esforçadamente) "cantar", ou uma drogada que pede esmola, ou anda a arrumar carros para comer. A diferença está em que uma faz 8€ num dia, e a outra, 8000 numa hora.

Naquele que era o único concerto marcado para 2008 (sem contar com o facto de que não actuava desde Novembro de 2007), Amy Winehouse apareceu no palco atrasada, afónica, drogada e provavelmente embriagada, com um pulso ligado, um corte no braço e uma escoriação no pescoço, esqueceu-se da letra várias vezes, alterou a estrutura de músicas, tropeçou, cambaleou, tentou várias vezes por uma guitarra ao pescoço (precisou da ajuda de um roadie para o fazer), e única coisa que se lembrou de dizer ao público foi que o marido saía da prisão daí a poucas semanas. Seria de esperar o mínimo de preparação e antecipação para um concerto absolutamente isolado. Ah sim, mas disse que a voz dela estava uma merda. Palavra que não me teria apercebido disso se ela não o dissesse...


É mesmo com muita tristeza que vejo alguém desperdiçar um talento como o de Amy, mas poucas pessoas mais há a culpar, senão ela própria. Sim, claro que ela tinha a pressão da editora e o peso da expectativa da crítica nas costas (parece que do outcome deste concerto dependia uma digressão pelos EUA - escusado será dizer que as perspectivas não são boas). Mas é assim há já algum tempo. O que mais me entristece é ver alguém chegar a tamanho estado de degradação e auto-humilhação, ao vivo e em directo. É ver que o que é explorado não é a música, não é a voz, nem mesmo o ambiente 50's que rodeia o culto Amy Winehouse, mas sim a imagem de uma toxicodependente, uma pessoa frágil, com sérios problemas, e que caminha rapidamente para uma espiral de auto-destruição com um fim muito negro. É ver alguém a lucrar com isto.

E tudo, só "por um mundo melhor"...

quinta-feira, maio 29, 2008

The Rip

Para quem ainda não ouviu o novo álbum dos Portishead, Third, digo-vos já de antemão que é daquele género de album que tem de ser ouvido dezenas de vezes até "entrar". No entanto, lá encontrarão esta faixa, intitulada The Rip. Para mim é, até agora, a melhor canção do ano. Simplesmente fenomenal. Fiquem com o excelente vídeo que acompanha esta música. Para ouvir, e viajar.

quarta-feira, maio 28, 2008

Bom, isto é uma espécie de post SOS. Se à tarde o texto foi levezinho, sem grande importância, o mesmo não posso dizer de agora. Acabei de ler uma notícia do El País em que dizia que, segundo a (Organização Não Governamental) Save The Children, há abusos sexuais por parte de agentes da ONU e de entidades humanitárias a crianças de mais ou menos seis anos. O nojo com que escrevo neste momento é indescritível.

"Elisabeth, una niña de 13 años, ha contado a la BBC que diez miembros de la fuerza de paz de la ONU la violaron cerca de su casa en Costa de Marfil, dejándola sangrando, temblando y vomitando en el lugar. Según la cadena británica, no se adoptó ninguna medida contra los soldados responsables."

Os três países referidos na notícia são a Costa do Marfim, o Sudão e o Haiti. De facto, o mundo anda louco.
Claro que as crianças terão medo ou não irão falar, o mais certo é a situação agravar-se um pouco mais (se é que tal é possível, dentro deste universo de demência que é o da violação a menores). A ver vamos como se vão resolver estes casos.
Um dia escrevi que a humanidade era uma espécie de corpo que devia crescer direito para ser saudável. Ora, com este tipo de lacunas, que é das mais graves de que me tenho dado conta, o caminho continuará sempre longo, interminável. Se já nem na ONU se pode confiar, em que ficamos?

Para ver o artigo do El País

Cumprimentos, Simão Martins

terça-feira, maio 27, 2008

Os Bacanos


Após horas e horas a ouvir o álbum não restam dúvidas: Vampire Weekend, para além do ar extremamente porreiro, conseguem reunir num só cd músicas com uma percentagem de qualidade que não deixa nada a desejar. Aliás, faz-me lembrar dois álbuns de David Byrne, tanto Rei Momo como Look Into The Eyeball. Como vínhamos a discutir no outro dia numa viagem para um ensaio, numa tarde alegrada pelo sol, é uma música "magra" e "fresquinha", o que faz com que seja facilmente simpática ao ouvido.
A primeira faixa que deixo aqui pertence ao álbum e chama-se I Stand Corrected. É das que tem rodado mais por estes lados. Deixar-vos-ei perceber porquê.

I Stand Corrected - Vampire Weekend


Gostava também de fazer referência ao álbum de Santogold, uma mistura agradável de estilos, que sobrevoa M.I.A. e New Young Pony Club e que vai buscar uma boa influência a um estilo mais rockeiro. I'm A Lady é, até agora, um delicioso single.

Im A Lady - Santogold


Cumprimentos, Simão Martins

sexta-feira, maio 23, 2008


Faço este post para dar os parabéns à minha mais que tudo. Também podia ser para a minha mãe ou para cada uma das minhas avós, mas hoje o espaço é mesmo para a Raquel.
Faz 18 anos. Data importante!
E como este ano também eu farei vinte, aqui fica uma das mais fantásticas musicas portuguesas feitas até hoje. Não que ela seja a música que melhor descreve a nossa relação.
Mas apenas porque a Raquel gosta muito dela.

quinta-feira, maio 22, 2008

Dr. Jones

Se me perguntassem aqui há uns bons anitos, na altura em que tinha metade da altura que tenho agora, qual o herói que eu gostaria de ser, digo-vos que podem esquecer o Homem-Aranha, Super-Homem ou qualquer um desses totós: a resposta não poderia ser outra que não Indiana Jones!

Das coisas que melhor recordo dos meus anos de petiz, foi crescer a ver os filmes do Indiana Jones, com aquelas cassetes VHS, gravadas quando os filmes passaram na SIC, com a qualidade da imagem e do som altamente reprováveis para os dias de hoje, mas que, no entanto, nunca me faziam cansar de ver aqueles filmes uma e outra vez. Tal como vim a recordar aqui há dias com o meu parceiro "bloguista" Simão, acabei por descobrir que, tal como ele, cresci a decorar as falas destas aventuras, e a pegar no cordão do roupão do meu pai para fazer de chicote, num chapéu do meu avô, e numa pistola de Cowboy de carnaval e passar horas a imaginar-me a ter as aventuras do Dr. Jones, desvendando mistérios e segredos escondidos em lugares esquecidos, cheios de pó, teias de aranha, grutas e cavernas escuras, pejadas de esqueletos, caveiras, armadilhas e enigmas.

Pois hoje estreia a 4ª aventura do meu herói favorito de sempre do cinema, e confesso que estou em pulgas. Estou mesmo ansioso para me pôr dentro duma sala de cinema e começar a ver o genérico inicial do filme, acompanhada com aquele tema imortal da genial banda sonora de John Williams. Sei que já estou um bocado crescidinho para brincar ao Indiana Jones, mas só de ver o trailer que vos mostro aqui, fico com vontade de voltar àqueles tempos em que era mais minorca, e corria casa fora a imaginar que uma gigantesca esfera de pedra rolava a uma velocidade alucinante nas minhas costas, prestes a esmagar-me.
E, se pensarmos bem, também nem foi assim há muito tempo...



segunda-feira, maio 19, 2008

O paupérrimo jornalismo português! Enfim.

O Primeiro-Ministro fuma! UAU! E fumou num avião! TXI! E foi ele que trouxe à baila a lei do tabaco! HIPÓCRITA!

Pois bem, em vez de se passar para primeira mão de um noticiário o verdadeiro propósito da visita de José Sócrates à Venezuela, que é uma simples atitude de submissão de Portugal em relação a Hugo Chávez, o que se quer é saber que o Primeiro-Ministro que nem sequer é engenheiro e que era para ser gay, talvez enrolado com o Diogo Infante e que afinal se veio a provar ter um relacionamento amoroso com Fernanda Câncio, (respirar) fumou num avião!
Ora, como o escândalo vende e a controvérsia alimenta os mais desesperados leitores que têm que chegar cedo ao trabalho mas enquanto o metro não espreita "cá vai disto", toda a gente sabia que José Sócrates tinha cometido uma grave infracção no vôo para a Venezuela, mas poucos ou nenhuns sabiam o que ele tinha, de facto, ido lá fazer (o que me parece de uma importância muito maior).
O jornalismo português tem sido perito em fabricar notícias que não devem nada ao interesse público, e pergunto-me: será este o emprego em que me vou integrar, sujeito a interesses de mercado ou à necessidade de vender melhor o meu peixe, independentemente da notícia e da sua relevância?

p.s: apenas uma pequena nota para a abordagem ao caso "Geldof/Angola" no programa Quadratura do Círculo de há duas semanas. É engraçado como os interesses condicionam (e de que maneira!) a atitude pública de alguém. Os três intervenientes foram convidados a comentar o tema e, de facto, deu para ver como alguém não poderá dizer aquilo que realmente pensa por razões estritamente profissionais:
Pacheco Pereira, conhecido pelo seu tom ríspido, não poupou: a Bob Geldof, elogios; ao governo de Angola, críticas. O facto de estar "solto" a nível político e de não dever nada a ninguém na esfera diplomática fazem deste senhor um dos mais livres, se assim o quisermos dizer, em Portugal.
António Lobo Xavier aplaudiu a liberdade de expressão, mas não se referiu ao que foi dito pelo músico irlandês, visto ter relações estritas com bancos de representação em Angola.
Por último, António Costa, número dois do PS e presidente da Câmara Municipal de Lisboa, enveredou por uma admirável técnica que alguns apelidam de "engonhar". Contou a história de Angola, as dificuldades por que passaram, a guerra e toda aquela "coitadice", etc. etc. etc., representando, no fundo, aquilo que Pacheco Pereira definiu como um "silêncio incomodado".

Cumprimentos, Simão Martins

quarta-feira, maio 14, 2008

Calma Larry!


Ultimamente tenho-me rido bastante com a série Curb Your Enthusiasm, protagonizada por Larry David, co-produtor de Seinfeld.
A série é uma espécie de retrato auto-biográfico da vida de Larry David, o fulano irritante por excelência e que leva qualquer pessoa aos limites da paciência. É também caracterizado pela sua enorme frontalidade e que nem sempre contribui para a sua integridade física e moral.
A única coisa que posso dizer é que estejam atentos ao canal FX por volta das 21.00 horas de segunda a sexta, já que de outra forma quaisquer elogios ou tentativas de reprodução das piadas da série serão inúteis. No entanto, deixo aqui um vídeo, excerto de um dos melhores episódios que já vi até agora, para que possam perceber o que vão encontrar, se por acaso decidirem ver um bocado de Larry David e das suas complicações.



Cumprimentos, Simão Martins