segunda-feira, abril 30, 2007

"Beauty is a curse on the world. It keeps us from seeing who the real monsters are."

"Tell me what you don't like about yourself."





Para quem já ouviu falar de Nip Tuck ou que até segue esta brilhante série com alguma frequência, nenhuma destas frases será estranha ao ouvido (pelo menos a segunda).
O tema é simples: dois cirurgiões plásticos de Miami que, mais ou menos eticamente, vão tentando fazer com que as pessoas se sintam mais felizes, através da sua aparência (o que todos fazem, evidentemente).
A citação do título tem origem no slogan de Carver, o grande vilão da terceira série. E é por aqui que hoje me quero meter.

Embora o papel do Trinchador (Carver) seja à partida d'o mau da fita, não podemos ignorar as palavras que ele deixa em cada vítima que faz.
Realmente vivemos hoje e cada vez mais num mundo em que a primeira impressão passa necessariamente pelo aspecto exterior. Julgamos alguém pelo seu aspecto e não pelas suas ideias espantosas, ou pelo contrário. E a questão é bem mais complicada do que nós julgamos; é por isso que o Trinchador não está assim tão errado quando diz isto antes de cortar a bochecha de uma modelo qualquer (sendo que algumas já nem têm carne na cara para ter bochecha).
De facto, a inevitabilidade de termos que ser mais bonitos e perfeitos e com medidas aceites pela sociedade ou simplesmente pelo nosso grupo de amigos para que sejamos vistos como alguém é algo muito complicado. Mais complicado é quando percebemos que isso se começa a verificar numa idade cada vez mais precoce. O que não quer dizer que tenhamos que desprezar o nosso aspecto ao ponto de perder a compostura. No entanto, e sabendo que não falo por toda a gente, penso que é preferível ter-se uns quilinhos a mais do que passar a vida com dois dedos na boca com o simples objectivo de conseguir comprar aquelas calças que só me serviriam se eu tivesse menos dez quilos. E agora refiro-me, claro está, ao sexo feminino.
Tal como é sabido, é no sexo feminino que a preocupação com a aparência predomina. E muitas vezes essa preocupação passa a obsessão, e tudo o que é de mais também convém ser limitado. Porque o aspecto não é tudo!
E não estou a ser ingénuo, iludido, ou até excessivamente optimista. Nada disso. Refiro-me precisamente às palavras do Trinchador. Quando ele diz que a beleza impossibilita que vejamos o que há de pior nas pessoas, o que é facto é que, mesmo que o não queiramos aceitar, esse facto verifica-se vezes sem conta. Claro que o seu erro reside em limitar esse problema às pessoas bonitas. Há pessoas bonitas boas, e pessoas feias más. Mas continuando:
O objectivo da série do Nip Tuck é, sem dúvida, sensibilizar as pessoas para o facto de que a nossa existência e importância no mundo não dependem apenas e sobretudo da aparência. Claro que há pessoas que vivem da aparência, e quem sou eu para o criticar? Mas muitas vezes essas pessoas limitam-se a isso, e quando chega a idade das rugas e os anos começam a passar, com o que é que ficam? Peles, peles, peles, e pouco mais.

Nem sempre somos o que parecemos, e muitas vezes somos o que nem por sonhos parecemos.

Curioso, mas é verdade.

Cumprimentos, Simão Martins

sexta-feira, abril 27, 2007

Mystery

Para os grandes fãs de Hugh Laurie, mais conhecido como Dr. House, aqui têm o seu contributo musical para este blog.



Cumprimentos, Simão Martins

Linsey Wells

E como hoje estou numa de posts musicais (e não vão ser poucos), aqui fica uma das melhores músicas dos Franz Ferdinand, a grande banda do séc.XXI!



Cumprimentos, Simão Martins

Love's a cliche

O amor é realmente um cliche. Por mais que se queira evitar, é-se lamechas e não há qualquer amostra de arrependimento por tal.
Alex Kapranos (Franz Ferdinand's frontman) decidiu ajudar os Karelia a fazer uma bela música, subordinada ao tema do cupido.



Cumprimentos, Simão Martins

quinta-feira, abril 26, 2007

"Então, o que foi o 25 de Abril?" "Hum...foi o dia da Liberdade!"

Com um dia de atraso e por isso peço desculpa, aqui vos deixo o post sobre o 25 de Abril.



O título do post provém de uma conversa sobre o 25 de Abril com uma menina de dez anos. Não terá sido ingénua a sua resposta, antes pelo contrário. Numa palavra que resume tudo, realmente podemos dizer que o 25 de Abril foi o dia da Liberdade.

O mais curioso é que muita gente da idade da Beatriz não reconhece sequer a data. Se o consegue fazer, suponho que seja por considerarem esta data «mais um feriado». E é aqui que concordo com Cavaco Silva, numa das declarações sobre os 33 anos de democracia em Portugal. Não devemos menosprezar esta data, quanto mais considerá-la efémera. Porque não o é.

Quem o faz, ou tem memória curta, ou é ignorante.

Durante os quarenta e um anos autocráticos que governaram Portugal, algo não governava com certeza: a liberdade. E não era só a liberdade de imprensa, ou liberdade de expressão; era sobretudo a liberdade de viver, acessível apenas a poucos. Não se pondo em questão esta última, temos que reconhecer que a liberdade de imprensa, pelos vistos, não está assim tão adquirida. Mas não nos desviemos do assunto que impera.
António de Oliveira Salazar é o grande responsável pelo estado em que Portugal hoje se encontra. A sua ambição de um país mais poderoso, mas que apenas poderia engrandecer através de si mesmo, derrotou-nos à partida. Outro aspecto fulcral, que só deixará de ter marcas daqui a umas décadas, a Guerra Colonial. Nunca na história fomos tão ridículos, nem quando D. Sebastião decidiu ir brincar às espadas para Alcácer Quibir. Uma guerra que dura 13 anos e que ainda por cima é irracional e condenada pela comunidade internacional só pode ser encabeçada por alguém não muito inteligente.

Enfim, a história de Portugal é contada todos os dias nas aulas de história, e eu queria apenas deixar aqui alguns memorandos.

Mas se é certo que já passaram trinta e três anos, o certo é que a luta por um país mais justo e democrático ainda não acabou. O cruzar dos braços é impossível, pois Portugal tem uma missão para consigo mesmo, e para com a Europa. Temos um comboio para alcançar, e tudo isso não passa apenas por reduções do défice, enriquecimento desmedido do estado, etc..
O facto de termos há dois meses conseguido permitir que uma mulher tivesse um direito absoluto sobre si de querer ou não interromper a sua gravidez, foi um passo enorme em termos de um estado mais íntegro e também da importância das mulheres na sociedade vigente.

Não me querendo alongar muito mais neste post, fica apenas a sugestão: não se esqueçam nunca do que foi o 25 de Abril. É por causa desse dia que hoje podemos falar na rua, podemos votar, podemos protestar, podemos até contestar abertamente, sem que sejamos condenados por isso.

Ganhámos o direito a viver.
E a viver democraticamente.

Por isso, não o desperdicem.

Cumprimentos, Simão Martins

terça-feira, abril 24, 2007

Enfim...

É por estas e por outras que, mais tarde ou mais cedo, acontecem tragédias como a de Virginia, na semana passada, em que um jovem entrou por uma universidade armado e acabou por matar 32 pessoas, acabando por se suicidar.
Este excerto de um episódio de American Dad (dos mesmos criadores de Family Guy), relata precisamente isso, a inconsciência que a maioria dos americanos tem em relação ao uso e efeito das armas.



Cumprimentos, Simão Martins

segunda-feira, abril 23, 2007

As boas notícias


Hoje é o dia Mundial do Livro. E pelos vistos há cada vez um maior número de pessoas que se apercebem de que ler é algo essencial.
Segundo noticia o Público, mais de três milhões de pessoas ja lêem (quando digo ler, e segundo o teste da Marktest, refiro-me à leitura integral de um livro).
No entanto, tenho duas opiniões antagónicas em relação a esta notícia.

1º- É, indubitavelmente, um dado estatístico relevante, e, dadas as circunstâncias actuais, não deixa de ser um sinal positivo de que «isto» está a mudar. As pessoas estão a ler cada vez mais, passando primeiro pela vaga de jornais gratuitos que já se vai fazendo sentir, cujas tiragens têm aumentado desde que estes surgiram por cá; por outro lado, segundo o teste da Marktest, mais de três milhões de pessoas teriam lido um livro no mês anterior a ser feito a respectiva sondagem.

2º- Comparando com a Europa, e porque estamos condenados a fazê-lo (pois o comboio continua a andar e raras são as vezes que pára para esperar pelos mais desfavorecidos), estamos ainda muito atrasados. E esta situação deve-se, uma vez mais (mas não só), à situação provocada pela ditadura que durante quase meio século esteve instalada em Portugal. Existiu um «senhor» em Portugal, o Cardeal Cerejeira, que defendia que mais valia que o povo se mantivesse burro e deixasse a instrução para os seguidores do regime.

Pois ainda hoje pagamos essa factura. E para a contrariarmos esta tendência, há-que tentar fazer um esforço, não para os outros, porque eu não leio para que alguém me elogie que o faça, mas para me instruir e adquirir um nível cultural cada vez maior.
Portanto, apelo a todos: os que costumam ler, não deixem de o fazer, pois sabem que só ficam desfavorecidos com tal atitude (a segunda). Os que não têm esse hábito, devem habituar-se a tal, só ficam a ganhar se o fizerem, pois está provado que melhora a capacidade de bem escrever e bem pensar. Tenho esperança que, num país como Portugal, com tamanha herança cultural, não se deixe ir abaixo e cair no pântano da ignorância.
É necessário que não o faça.

Cumprimentos, Simão Martins

O Impossível

Ficam aqui alguns dos desenhos de Maurits Cornelis Escher, um grafista holandês do início do séc.XX, que se dedicou a desenhar construções impossíveis. Se observarem bem as imagens,verão do que falo. Para ver melhor, clicar nas imagens.





Cumprimentos, Simão Martins

sexta-feira, abril 20, 2007

O novo Maradona. Será?

Para os grandes amantes de futebol, fica aqui o momento que pelos vistos dominou a comunidade desportiva nos últimos dias.
Lionel Messi, de 19 anos, jogador do Barcelona, marcou aquele que será talvez o melhor golo da sua vida, que também é nada mais e nada menos que uma reedição do golo de Maradona no Mundial de 1986 contra a Inglaterra.
Assim sendo, aqui fica o vídeo deste golo do outro mundo:



Cumprimentos, Simão Martins

quinta-feira, abril 19, 2007

O que é na verdade ser-se católico?


Aqui há uns dias, o vosso tão ou não amado bloguista esteve envolvido numa conversa que visava sobretudo um esclarecimento a partir do qual se construiria um tronco comum dos princípios fundamentais da Igreja Católica.

E a discussão não podia ter sido mais acesa (poder até podia, mas não teria sido saudável); entre acusações de homícidio em larga escala a Jesus Cristo (que também é Deus e transporta o emplastro Espírito Santo); que os católicos apenas fazem o que vem na Bíblia, etc. etc.. Enfim, um sem-número de propostas de clarificação da principal dúvida que pairava naquela bela tarde de Domingo. E como gostava de reacender essa discussão aqui no blog, com outros intervenientes (os que já o tinham feito não são remetidos para a abstenção) que queiram empunhar os seus argumentos sem receio das respostas e comentários que daí resultarem, coloco a seguinte pergunta: o que é na verdade ser-se católico?
Realmente, a resposta pode parecer-nos óbvia, quando comparada com uma pergunta do tipo "qual a raiz quadrada de 198373087393?". Mas de facto tal não acontece. Não acontece porque, como em tudo, há os prós e contras de se ser algo, e ninguém é igual a outrém. O que significa que, lá por haver um católico que defenda o extermínio dos homossexuais, isso não quer dizer que outro católico não aceite inclusivamente o casamento entre eles. Mas excluindo por enquanto os exemplos, vamos então tentar desde já elaborar uma definiçãozinha do que é ser-se católico:
- Acreditar numa entidade superior que governa todos os seres vivos e o mundo (Deus);
- Acreditar na existência de Jesus Cristo (e na Santíssima Trindade, com o Pai e o Espírito Santo);
- Reger-se pelos ensinamentos da Bíblia (os Dez Mandamentos).

Ora, penso que para o primeiro ponto, é simples. Apenas se acredita ou não. É aquilo a que se chama fé, a tal irracionalidade tão mediatizada e nunca comprovada ou irrefutada. Em relação ao segundo ponto, parece que tudo se apresenta bastante claro e penso que é indiscutível que Jesus Cristo existiu de facto. Em relação ao Espírito Santo, talvez fosse uma pomba domesticada que por lá andasse, mas aqui a conotação é a mesma em relação ao simbolismo de Deus Pai. O problema chega, realmente, no terceiro ponto.
E a minha questão é, novamente, simplicíssima: serão os ensinamentos da Bíblia e os dez mandamentos que fazem duma pessoa uma boa pessoa e um bom católico, ou são os valores e ideiais pelos quais uma pessoa se rege a partir da educação que recebe dos pais que fazem com que esta seja um bom católico, ou simplesmente católico (visto muitos desses valores coincidirem com os seus)?

E a provável resposta para esta pergunta seria:

Uma pessoa não nasce ensinada. E desde cedo recebe dos seus pais (ou outros encarregados de educação) os valores que estes pretenderam que fossem os seus. Ora, essa educação de cariz religioso pode ser mais ou menos radical e/ou fanática, pelo que isso definirá, na minha opinião, o que é ser-se católico e, acima de tudo, um bom católico.
Um bom católico é aquele que, mesmo seguindo os princípios da Bíblia, adequa os seus comportamentos e atitudes de acordo com a vida quotidiana. Como será de resto óbvio, penso que ninguém hoje em dia, numa sociedade dita ocidentalizada e civilizada se lembrará de não se galvanizar perante a mulher de um amigo apenas porque a Bíblia, e mais precisamente os Dez Mandamentos assim o proíbem através do Não cobiçarás a mulher alheia. E eu talvez até esteja a ser bastante condescendente e iludido, pois o que não falta por aí é fanatismo religioso. Mas, já que gostam de separar tanto o trigo do joio, o bom do mau, o bonito do feio, então direi que aí reside a diferença essencial entre um bom católico e um mau católico.
Um bom católico aposta no bom-senso, guia-se por ele, não se deixando iludir pela fé que ao mesmo tempo o mantém num homem são (socialmente); um bom católico sabe distinguir os princípios da Bíblia que ele considera primários e essenciais à sua vida e consegue também reconhecer que muitas vezes a Igreja Católica não representa o bom católico.
Existem ainda as boas pessoas, que são aquelas que, mesmo não sendo católicas, conseguem fazer-nos pensar que o bem e o mal não residem exclusivamente no domínio religioso.
Depois existem os maus católicos, que ainda são muitos. São eles os que queimam preservativos, os que apoiam o regime da Inquisição, os que são contra toda e qualquer forma de aborto, que defendem a erradicação dos homossexuais, por fim, os que não vêem outra coisa à frente sem ser religião.

Assim sendo, com que ficamos? Apenas com bons católicos? Era bom, era...Mas por enquanto ainda vamos ter que ir encarando uns que ainda estão na Idade da Pedra (em relação a atirar as pedras...).

Cumprimentos, Simão Martins

terça-feira, abril 17, 2007

Quentin Tarantino


Fomo-nos habituando. Até pudemos ter estranhado, em Reservoir Dogs, que realizador era aquele, que tipo de génio enlouquecido pela própria imaginação poderia fazer algo assim? De facto, parece inevitável ou incontornável concordar com a qualidade de Quentin Tarantino, quanto mais não seja pelas bandas sonoras dos seus filmes, também elas ensanguentadas, impregnadas da genialidade de quem sabe o que faz; sê-lo-iam muito menos se o realizador fosse outro, até se nem fossem adequadas aos filmes em que intervieram. Tarantino (um nome já bastante batido, que deixa uma marca sempre que é mencionado) é génio por natureza, louco pela razão, cruel em cada deixa. Na sua obra-prima, Pulp Fiction, tudo gira em torno do real, do que é possível, da concordância inevitável com o quotidiano. Qual a diferença entre um cheeseburger e um Royale com queijo? Digamos que a analogia é a seguinte: qual é a diferença de Uma Thurman do Pulp Fiction para Kill Bill? Tarantino metaforiza, e bem. Fá-lo sem rodeios, sem precisar de explicar por que é que rebentou com a cabeça de um pobre miúdo. Ou por que é que Beatrix Kiddo consegue esquartejar uns não-sei-quantos protectores de uma violenta assassina japonesa, em prol de uma vingança sanguinária. É nestes momentos que percebemos onde está o génio. Mesmo que não entendamos o seu sentimento ao fazer o que tão bem sabe, percebe-se que qualquer lição de mestria sobre o que poderia ou não fazer é inútil. Sim, porque Tarantino é o mestre do espontâneo por natureza, do imprevisto e até do indelicado, pelo que não o poderemos nunca acusar de nos fazer passar por momentos de monotonia.
Loucura! Esta é muitas vezes a palavra de ordem presente nas filmagens dos seus filmes. Ou até quando se senta a esborrachar mais um fabuloso argumento, daqueles que nos entram e não querem mais sair. Por outro lado, a coerência do seu cinema, do cinema que criou, é fantástica; não deixa, portanto, de ser extra-cauteloso em cada cena, tomando nota do mais ínfimo pormenor que possa ser relevante de modo a causar outra sensação, ou até uma dúzia delas. Inconscientemente (ou não), leva-nos para outra dimensão. O que parece contraditório, pois nada há de não verosímil nos seus filmes (excepto Kill Bill, que obviamente nos delicia com as fantásticas cenas de violência, mais propriamente «pancadaria»); mas quando surgem argumentos como o de Reservoir Dogs, ou mesmo Jackie Brown, do público Tarantino apenas poderá exigir uma vénia sincera. Podemos até agradecer-lhe, por nos ter proporcionado mais uma fantástica de poucas aparições do fabuloso actor John Travolta (Vincent).

Em jeito de conclusão, Tarantino, um homem «extra-humano» de quarenta e quatro anos, apenas nos faz sofrer por não lançar um filme a cada ano que passa, de modo a enriquecer um pouco o cinema que se por aí vai fazendo. Pedimos-lhe que o faça.

De outro modo, apenas ficamos a perder.

p.s: enviei este artigo para a redacção do Ípsilon. Não sei se o aceitam, mas a esperança é sempre a última a morrer.

Cumprimentos, Simão Martins

quarta-feira, abril 11, 2007

Quando o aprendiz (quase) supera o mestre...


Espaço para um pouco de entretenimento, em que podemos ver como por vezes as nossas criações nos superam, ou quase.

Para ver, clicar na imagem (no site, clicar em Watch This Movie!).

Cumprimentos, Simão Martins

«O meu pior pesadelo favorito (?)»

É verídico! Os Arctic Monkeys vão mesmo voltar a Portugal, pouco mais de um ano depois (18 de Julho). Num palco mais arrojado (Coliseu de Lisboa), vão apresentar portanto o seu Favorite Worst Nightmare, que espero que seja ainda melhor que o primeiro álbum, o que é manifestamente difícil. Mas para não perdermos a ordem das ideias, teremos apenas que aceitar a incontestável qualidade desta música contagiante: Brianstorm, o primeiro single do novo álbum dos Arctic Monkeys!



Cumprimentos, Simão Martins

Verdade? SIM!


Depois da primeira semana desenfreada das férias da Páscoa, que espero ter sido bem passada por todos os leitores, regresso a este espaço de muita contestação, alguma música e outros temas que me vão dando mangas para o manter activo.

Desta vez, e uma vez mais, a liberdade de expressão. Mais concretamente, a liberdade de imprensa.
O que aconteceu foi simples: O Supremo Tribunal de Justiça condenou o jornal Público a pagar uma indemnização ao Sporting (75 mil euros) por ter publicado uma notícia em que se acusava o clube português de dever cerca de 460 mil contos (2,29 milhões de euros) ao fisco e que essa dívida nunca fora saldada. O que não se percebe é como, mesmo o Supremo Tribunal considerando a notícia verdadeira, a considera ofensiva e com consequências negativas para o clube. Ora, a minha conclusão é a seguinte: se os jornalistas deixarem de ser autorizados de publicar as notícias de acordo com os factos reais, então não nos podemos considerar totalmente democráticos; nesse sentido, por que razão não foi o Público obrigado a pagar uma indemnização ao Primeiro-Ministro, já que, nem havendo a certeza da veracidade dos factos, a acusação de que este está a ser vítima o prejudica e bastante? Não será uma vez mais a influência desportiva a emergir? Esperemos que não.
Tendo em conta que quero vir a ser jornalista, e um bom jornalista, espero não vir a estar sujeito a este tipo de pressões, apenas porque a notícia não cai bem...
E logo com clubes de futebol à mistura.

Concluo dizendo que a indenmização que o Público será provavelmente obrigado a pagar ao Sporting é superior à média que o Tribunal Constitucional atribui às famílias que tenham tido, por exemplo, um familiar assassinado.

Cumprimentos, Simão Martins