sábado, janeiro 26, 2008

Pérolas Youtubianas

É isso mesmo, o título diz tudo. Quem já me conhece dos tempos do meu primeiro blog, sabe que eu gosto sempre de, de vez em quando, publicar um videozinho do Youtube no qual figure um cromo, ou croma, ou até mesmo um grupo de cromos, a fazer figuras tristes, ou somente um vídeo cómico ou interessante, que seja digno de registo e divulgação. Quem não se lembra do miúdo alemão - potencial perigoso homicida - a deitar os pulmões pela boca fora, aos gritos e murros ao monitor e teclado do PC, tudo porque o Unreal Tournment teimava em não arrancar? Ou mesmo da fabulosa declaração de amor daquele puto nerd/pintas/pseudo-mitra que tantos corações despedaçou por essa World Wide Web fora? Caramba, ó Carolina não acredito que não ficaste convencida...

Pois bem, hoje deixo-vos com a Nelly Furtado genuina e verdadeiramente Portuguesa! Não sei do que é que gosto mais, se do bólide em que a moça se esfrega toda, se dos incríveis efeitos visuais, se do impecável "lip-sync", se dos planos sexys e extremamente sensuais e sexys também (e altamente sensuais), ou se do facto de ela pronunciar "mén iêiter" em vez do esperado "man eater". E quanto à voz, a Nelly Furtado pseudo-luso-canadiana - a original, portanto - que se cuide, porque esta menina está aí para arrasar!...




Fiquem à espera de mais, brevemente.

sexta-feira, janeiro 25, 2008

Quando tudo está no seu sítio devido...

Como diria o Breites (do Who's Playing At My House), parece fácil!


Thom Yorke e companhia, com Everything In Its Right Place, ao vivo em Glastonbury no ano de 2003.
Esta é, sem dúvida, uma das melhores músicas de entrada de álbum de todos os tempos e creio não estar a ser nada injusto.



Cumprimentos, Simão Martins

Gotas de Alma

É para dia 7 de Fevereiro, a estreia da curta metragem Gotas de Alma, "um filme de NJ Silva". Conta com a presença dos Storytellers na banda sonora e será também nesse dia, cujo local ainda não está definido, a próxima actuação deste quinteto lisboeta que está prestes a mostrar trabalho.

Está também para breve um MySpace com as novas músicas e todos os detalhes para que possam conhecer mais de perto as novidades e a proposta de um projecto novo e alternativo da música portuguesa.

No entanto, enquanto o comboio não anda (mas posso adiantar que já estão gravações em curso), aqui fica o trailer de Gotas de Alma, de NJ Silva.



Cumprimentos, Simão Martins

quinta-feira, janeiro 17, 2008

"A crítica é o que é"

No outro dia, a propósito da remodelação da separata Actual, do Expresso, vinha um artigo do editor acerca da crítica. Qual a sua definição. Quem são os críticos, etc.. E num certo parágrafo, surge a definição que veio a dar título a este post: "a crítica é o que é". Simples, directo, mas nem por isso inequívoco. Aliás, pode até parecer paradoxal, pela enorme carga subjectiva que o termo e conceito crítica abarca. Dizer que uma crítica é o que é, significa que ela poderá ser o que cada um quiser, fizer ou até acreditar.
Reflexões filosóficas à parte, a crítica é o que cada indivíduo entende sobre um determinado assunto, expondo-o sob a alçada da sua opinião, sem que tenha a mínima qualificação para tal, o que não quer dizer que não se possa ser realizador e crítico de cinema em simultâneo. E ficamos então com a ideia de que quem critica algo, detém a verdade absoluta e inquestionável sobre o assunto em questão.
Eu costumo comparar a minha reacção a certas críticas sobre álbuns ou filmes que gosto ou não, tenham elas conotação positiva ou negativa à questão dos signos, usando como exemplo aquelas situações em que olhamos para um horóscopo numa ilustre Nova Gente ou revista Maria, e por acaso naquele mês o nosso signo está "em altas"! Isso equivale a vermos uma crítica de um filme que gostámos muito a receber 5 valores em 5 possíveis por parte de todos os críticos; não podemos evitar dizer: "eu vi logo que o filme era espantoso! Nota-se, estes fulanos aqui sabem do que falam." Mas quando a nossa banda preferida edita um novo álbum e só 1 em 5 críticos é que diz que "sim, realmente, este álbum traz algo de novo", achamos que a ignorância e o desconhecimento total se apoderaram dos senhores-críticos-que-pelos-vistos-são-umas-bestas-do-diabo.

Mas então, e depois de tudo isto, sem ainda ter a carteira profissional de jornalista e sem nunca ter lido uma linha de qualquer livro do senhor em questão (a não ser os títulos dos seus livros), aqui fica talvez a melhor entrevista que já vi, sendo o entrevistador o cada vez mais fabuloso jornalista da Sic Notícias Mário Crespo, e o entrevistado o "inquebrável" António Lobo Antunes. Esta entrevista, esta sim, leva 6 pontos em 5 possíveis!







Cumprimentos, Simão Martins

quarta-feira, janeiro 16, 2008

As modas do mundo da música: as que vão e as que vêm

O mundo da música é algo fascinante. Algo que, devo dizer, sem o qual não conseguiria viver.

O meu fascínio pela música remonta ao tempo das cassetes, em que gravávamos as músicas para depois as ouvirmos no carro. Lembro-me que um dia, após o meu pai me ter mostrado a música Dennis, Dennis dos Blondie, fui a correr gravar uma cassete com essa música, tendo cometido a proeza de a gravar duas vezes seguidas. Como não havia o repeat...
E depois surgiu o cd. Esse sim, já com repeat. E com mais espaço, e melhor qualidade, e mais super e ultra que tudo o que existira até então. Deu-me a conhecer tudo o que há de bom nesta vida, músicas que ficam e que desaparecem, mas só na e da nossa prateleira.
E com o passar do tempo o mp3 e a geração iPod.

Há aqui um pormenor interessante: as descrições foram diminuindo de tamanho à medida que ia descrevendo a evolução nos suportes de reprodução musical.
E a razão é simples. É que esse pormenor traduz o que se passa na realidade, como em tudo na vida. Uma redução constante dos suportes, tanto em tamanho físico como virtual, qual avião que está prestes a cair e precisa de excluir tudo o que é inútil.
Pois bem, é esse sistema que hoje contrario, embora me seja impossível evitá-lo (basta olhar para o lado direito deste blogue, onde se encontra uma playlist de músicas em formato mp3).
E de todos os suportes de reprodução musical que conheci até hoje, o mais recente foi, sem dúvida, o gira-discos.



Grande suporte das festas e das sessões de cartadas do meu pai, na sua antiga casa, o gira-discos consegue fazer com que criemos uma relação de proximidade e empatia com a música que nenhum dos outros, nem mesmo a cassete, alcança. O limpar o disco, colocar o disco, o cuidado em que pomos a agulha na borda do mesmo e logo depois aquele momento de descontracção em que saboreamos a música (excepto quando nos enganamos nas rotações), fazem do gira-discos um instrumento insubstituível. E foi por isso que entrou cá em casa, neste Natal, o gira-discos na foto em cima colocada. E não chegou sozinho. Veio de mãos dadas com um disco fabuloso dos LCD Soundsystem feito especialmente para a NIKE, que é nada-mais-nada-menos que uma remistura de 45 minutos, como poderão decerto observar na fotografia do mesmo.

Isto sim, é o mundo da música. Não são as carradas de cd's e de mp3 que se sacam do eMule para pormos no iPod ou no mp3. Não são os cd's que vendem milhões. São estes discos, que se ouvem aos bocados e que se apreciam como poucas coisas na vida.

Cumprimentos, Simão Martins

segunda-feira, janeiro 14, 2008

Colheita Especial

Cada vez mais sou adepto de ouvir música que acompanhe as minhas sessões de estudo, que se estão a tornar progressiva e assustadoramente maiores. Particularmente, música calma e relaxante. Dei por mim a fazer várias playlists de "marranço", e como sou bom rapaz, decidi deixar aqui para vocês uma listinha de sugestões musicais, especialmente seleccionada, até porque também muitos de vós estão igualmente em época de exames. Esta lista tem a particularidade de conter uma mão cheia de músicas que me fazem arrepiar, seja qual for a ocasião em que as oiço. Descubram vocês porquê.

Para ouvir enquanto se estuda, enquanto se trabalha, enquanto se toma um cappuccino quentinho numa noite fria de Inverno, ou para ouvir só mesmo porque sim.


sexta-feira, janeiro 11, 2008

II. Portugal em 2008 - conjuntura demissionária

Qual segundo episódio de uma saga que se prevê um pouco alargada, aqui está a segunda reflexão acerca dos mais recentes acontecimentos, relativamente a figuras públicas e políticas cuja continuidade nos respectivos cargos está, aparentemente, com os dias contados. Primeiro, porque se justificava, em ambos os casos que enunciarei de seguida, que as pessoas em questão apresentassem a sua demissão; em segundo lugar, porque o julgamento da opinião pública é arrasador, e pior que isso, quando arrasa arrasa para sempre, ou se não for pela eternidade fora será com certeza por um longo período de tempo.

E para que o meu discurso não pareça desarticulado ou desleixado manterei uma coerência cronológica. Começarei, portanto, pelo já comentado e espremido triste episódio que teve como protagonista o Inspector-geral da ASAE, António Nunes.
Ora, em plena altura de ressaca emocional e duma primeira habituação à infeliz notícia (para muitos) de que deixaria de se poder fumar em locais públicos fechados, o senhor já referido foi apanhado em flagrante delito (como se costuma dizer), tendo sido fotografado com uma cigarrilha na boca, num casino em Lisboa. O caso já deu pano para mangas e foi prontamente justificado, não de forma muito credível, a meu ver, pelo que se fala de "conflito de interesses com a lei do jogo" e que, segundo o Inspector-geral, a nova lei "não proíbe expressamente o tabaco nos casinos e nas salas de jogos".
Ou muito me andam a enganar as aulas de direito que tenho tido, ou creio mesmo (e corrijam-me se assim não for) que as leis são de aplicação geral a todos os cidadãos. O que eu penso que António Nunes queria dizer é que a nova lei "não proíbe expressamente os inspectores-gerais de fumar em estabelecimentos onde essa atitude é proibida".

O segundo triste, deverei mesmo dizer tristíssimo episódio tem que ver, óbvia e previsivelmente, com a mais recente notícia de que o novo aeroporto de Lisboa vai, afinal de contas, ser plantado em Alcochete. E o elo mais fraco é: Mário Lino.
Pois bem, se as coisas já não andavam a correr de feição ao ministro das obras públicas, desde as declarações de "Alcochete, jamais", então agora está o caldo entornado. Sócrates diz que o ministro tem condições para continuar o "bom trabalho". A minha opinião é clara: Mário Lino deve demitir-se.
É que a política vive muito mal com contradições e coisas do género de desdizer aquilo que disse e afinal parece que as ideias andaram sempre um pouco confusas e que o que viria a dizer não tinha nada a ver com o que disse em primeira instância.

São, portanto, dois claros exemplos de pessoas que, na minha opinião, e estando eu no curso de jornalismo posso afirmá-lo com maior segurança, estão condenadas pela pressão da opinião pública e pelos partidos da oposição. Ainda assim, António Nunes leva alguma vantagem neste aspecto. Primeiro, por estar salvaguardado por investigações e por visíveis incoerências na aplicação da lei que se permitiu transgredir, e em segundo lugar por não ocupar um lugar na esfera política nacional. Por outro lado, a fragilidade da situação de Mário Lino é evidente e a sua continuidade no governo de Sócrates não deverá manter-se por muito mais tempo, sendo então uma atitude demonstrativa de uma certa dignidade a apresentação da demissão dos respectivos cargos por parte das duas figuras já referidas.

Cumprimentos, Simão Martins

I. Portugal em 2008 - uma grave lacuna

2008 não podia ter começado da melhor maneira (passo a ironia), no que toca à diplomacia e credibilidade política do nosso país.


É bem conhecida a situação relativa ao Tratado de Lisboa, nomeadamente o suposto prestígio que trouxe a Portugal, com a sua realização no nosso país, bem como o recente alarido em torno da forma como este será ratificado: por via do referendo, consultando a opinião popular; via parlamentar, sendo que a decisão caberá aos representantes de cada partido político na Assembleia da República.
Relativamente a esta questão, creio que há aqui uma discrepância um tanto ou quanto relevante, e que vale a pena referir. Decidi investigar um pouco o que havia nesta coisa toda do compromisso em relação ao referendo, e denotei que de facto está no programa deste governo uma parte bem interessante e que transcrevo para aqui:

"No curto prazo, a prioridade do novo Governo será a de assegurar a ratificação do Tratado (tratado constitucional europeu) acima referido. O Governo entende que é necessário reforçar a legitimação democrática do processo de construção europeia, pelo que defende que a aprovação e ratificação do Tratado deva ser precedida de referendo popular, amplamente informado e participado, na sequência de uma revisão constitucional que permita formular aos portugueses uma questão clara, precisa e inequívoca."

Programa de governo, capítulo V (
PORTUGAL NA EUROPA E NO MUNDO), I. Política externa.

Como será da concordância de todos, e aqui até os cegos vêm, há um incumprimento duma importante alínea do programa do actual governo, por parte do Primeiro Ministro José Sócrates.
Independentemente do apoio que lhe tenho dado desde a sua tomada de posse, este foi um ponto em que realmente pecou, não sendo relevante que a ratificação do tratado por via parlamentar seja legal. Além disso, dizer que na altura falava do tratado constitucional e que agora o documento era totalmente diferente e que por isso as circunstâncias legitimavam uma outra perspectiva sobre o mesmo, não passará duma tentativa forçada de tentar convencer os portugueses de coisas que de antagónico, têm pouco ou nada.

Cumprimentos, Simão Martins

quarta-feira, janeiro 09, 2008

O Dakar de 2008


Cumprimentos, Simão Martins

terça-feira, janeiro 08, 2008

Fumar Prejudica a Saúde... Mental!

É com todo o prazer que me vejo a escrever o primeiro post neste blogue rejuvenescido, anterior "Enquanto houver estrada para andar...", tornado agora num espaço público de reflexão e crítica pessoal, social, pública, privada, séria, cómica, mordaz, sarcástica, ou ainda de divulgação cultural ou simplesmente um pretexto para escrever asneiradas. Prometemos ter o "radarscópio" apurado, para apanhar quaisquer frequências que sejam dignas de registo, e dignas de serem faladas e discutidas e, porque não?, ridicularizadas ou idolatradas.



Começo por vos falar do assunto que mais tinta e caracteres tem feito escorrer em tudo o que é jornal, revista, blogue ou site neste nosso país, neste início do redondo ano de 2008: a lei do tabaco, claro. Tenho ficado, honestamente, estupefacto com a posição de certos (conceituados) cronistas/pensadores (e outro variados anónimos) deste nosso Portugal, ao manifestarem-se ultrajados com as imposições da dita lei. Fico a pensar que o tabaco prejudica mais a saúde mental do que a fisiológica.
Não está em discussão a responsabilidade do acto de fumar, se devemos ou não, porque o fazemos, etc. Não é nada disso que está em causa. Por várias razões, já seriam de esperar inúmeras insurreições a esta legislação, claro. Um vício é um vício, e temos direito a tê-lo, e ninguém gosta de ver os seus hábitos pessoais impostos por um punhado de parágrafos autoritários, a regrar-nos o dia-a-dia, a dizerem-nos o que vestir, comer, dizer, fazer ou acontecer. Desta perspectiva compreendo o sentimento de rancor que os fumadores do país podem guardar. Mas o rancor é um sentimento de capricho. Não estaremos nós a falar de uma coisa completamente diferente? Direito à liberdade de expressão e de actos, claro. Mas não acaba a nossa liberdade quando começa a dos outros? O acto de fumar tem a característica especial de ser o vício mais facilmente tolerado e aceite duma sociedade, paradoxalmente aquele que é mais condenado, mas ao mesmo tempo, o mais comummente praticado.


Acho que o debate instaurado tem revelado da parte do lado que está contra a lei, um rol de argumentos perfeitamente estapafúrdios, disparatados, e arriscaria dizer, perfeitamente infantis. Ouvia eu no outro dia na RTP2, um jornalista afirmar que está no seu direito de fumar, como está no seu direito de comer sal a mais, gorduras a mais, não fazer desporto, etc. O corpo é dele, ele é que sabe. Não vos parece este um argumento saído da boca de um míudo de 9 anos? É que só faltou desatar a berrar "não mandas em mim, faço o que eu quiser, tenho protecção!", seguido de um sonoro "nananannaana", com a língua de fora, o dedo no nariz, enquanto a outra mão ajeita os calções descaídos e empoeirados. Não acham ridículo? É porque no curso onde estou ainda não me ensinaram que o sal que ingerimos passa por osmose para a pessoa ao meu lado, entupindo-lhes as artérias de uma forma passiva. Talvez ainda estejamos muito atrasados nessas investigações, quem sabe um dia... Mas o fumo do cigarro fá-lo, e isso está comprovado. Ignorar os estudos de correlação entre fumo do tabaco e casos de cancro no pulmão, laringe, etc, não só é perigosamente irresponsável e negligente, como perfeitamente estúpido. Quase tão mau como ignorar que o aumento do CO2 atmosférico causador do progressivo aquecimento global, deriva da furiosa actividade industrial do mundo moderno, da queima dos combustíveis fósseis, etc. Por falar nisso, outro dos argumentos é a comparação com os automóveis e os seus escapes, precisamente. "Porque não impedem a circulação automóvel?", perguntam eles, argumentando que também ela é fonte de poluição e doença, e atinge toda a sociedade. Quanto a vocês não sei, mas eu cá nunca vi uma estrada nacional dentro de um café, ou de um recinto fechado. Nunca vi carros em circulação na cantina da faculdade, mas isso sou só eu. Ninguém impede o fumador de fumar, ele é livre de o fazer, em locais abertos. Quando falamos de um hábito pessoal que prejudica ditatorialmente os outros à volta, não o podemos comparar com uma situação completamente diferente, defendendo o seu ponto de vista afirmando que falamos de um "direito". Custa-me a crer que estas pessoas defendam o acto de fumar como um direito, com argumentos tão fracos e patéticos como os exemplos que vos referi aqui. Parece-me óbvio que argumentos é coisa que eles não têm.


Defender a imposição aos outros de uma escolha pessoal - que nos prejudica a saúde - afectando a saúde deles, e, portanto, a sua liberdade, não é um direito, caros amigos... É pura estupidez. É egoísmo. É infantil. É mesquinho. É falta de civismo e responsabilidade. De tal modo que a maioria dos fumadores que conheço, reconhece que a lei apenas peca por ser tardia. E eu também.

segunda-feira, janeiro 07, 2008

Ano novo, blogue novo


Pois bem, se ainda ontem me lamentava que 2008 iria ser apenas mais um ano a contar para o calendário que começa no ano do nascimento de Jesus Cristo, hoje há sem dúvida umas novidadezinhas a anunciar.
Como já devem ter reparado, do lado direito do ecrã surge uma montagem de fraca qualidade realizada no photoshop cs2, na qual estão inseridos dois sujeitos: à esquerda, Simão Martins e à direita João Francisco. Por cima surge um título, "A Parelha".
O primeiro já todos conhecem, pois é o autor pioneiro do anterior blogue (Simão Martins, eu), Enquanto houver estrada para andar, que deixa agora a sua forma inicial, devido à entrada do autor do blog Thoughts of a Living Atheist (João Francisco), blogue que deixou de existir devido à sua inactividade por um longo período de tempo.

A ideia de criar um espaço rejuvenescido (aparentemente) parecia-nos inevitável, visto sermos dois fulanos com vontade de discussão e apresentação de novas ideias e projectos. Conversa da treta? Esperemos que não.
Como puderam observar, para além da estética também o título mudou, apresentando-nos agora como radarscópio, um nome que é a tradução literal do inglês Radarscope, tendo sido este último o nome dado a um projecto musical encabeçado pelos autores do blogue que nos propomos a iniciar.

Em jeito de conclusão, resta-me dizer que espero que este novo blogue se torne ainda mais dinâmico do que o primeiro, pelo que a contribuição do João será sem dúvida vital e interessantíssima.

Cumprimentos e boas-vindas ao meu grande amigo João Francisco, Simão Martins.

domingo, janeiro 06, 2008

2008


Recordo-me que o que escrevi acerca do ano novo o ano passado se relacionava sobretudo com as tais questões do "este ano é que vai ser" ou "agora é que a faculdade me vai correr bem".
Pois este ano o cenário não muda muito de figura.
Mantém-se a suprema afirmação de que o "país está em crise", foi aprovada a nova lei do tabaco, com todas as suas consequências e controvérsias e mantemo-nos, como genuínos portugueses que somos, e aqui falo e não falo por mim, ajoelhados numa jeitosa vénia sob os três "efes" que já Salazar enunciava, "Fátima, futebol e fado". E falo por mim porque gosto muito de fado.
Mas que raio, penso eu, será que isto não muda? 2008 terá que se endireitar nalguma coisa, já que esta conjuntura começa a tornar-se enfadonha, mal educada!
Não, concluo eu. Vamos continuar a sentir que a crise continua aí, tal como uma criança que tem medo do monstro que jaz debaixo da sua cama. A lei do tabaco está para ficar, embora o homem forte da ASAE já tenha dado que falar. E, por fim, os três "efes" são, de facto, aquilo que nunca há-de mudar.
Por mim mantenho-me debaixo do tecto do Zé Povinho, já que parece estar para vir a alcunha de "licenciado desempregado e desesperado", um dos grandes flagelos da nossa sociedade.

Mas espero que isto melhore, ainda assim.

Cumprimentos e um 2008 melhor que 2007, Simão Martins