Coming Soon!

Bom, o PSD está neste momento na situação que se conhece. Luís Filipe Menezes demitiu-se e neste momento a corrida à liderança do partido mais parece a busca do Santo Graal, podendo também ser vista como "cinquenta cães atrás de um osso".
Todos os dias há novas propostas de candidaturas e as eleições são já de amanhã a um mês. Mas agora preparem-se que vai começar o festival!

Alberto João Jardim poderá candidatar-se à liderança do partido o que, quer queiramos quer não, será uma presença imponente e impetuosa no panorama político do continente. A qualquer momento a coisa rebenta e será altura de todos apertarmos os cintos.
Para ver fica então um vídeo das frases mais célebres de uma das figuras mais perspicazes da política em Portugal.

Cumprimentos, Simão Martins

Quem está mal que se mude?

O seu nome é Gregor Schneider. Trata-se de um artista alemão cujos planos mais recentes para uma exposição se resumem a ter pessoas expostas que não passam de doentes terminais. Creio que quando a arte transcende o minimamente aceitável passa ao medonho e, nesse sentido, deixa de haver arte. Já este ano houve duas demonstrações "artísticas" que mereceram algumas críticas: primeiro, no carnaval do Rio de Janeiro, um dos carros era uma alusão ao Holocausto, com centenas de bonecos empilhados, em memória dos judeus que por dezenas de campos de concentração foram chacinados, queimados, gaseados, etc. O segundo, tratava-se de um artista que, se não estou enganado, matava cães e expunha os animais mortos, presos por uma corda (totalmente ensanguentados).

Ora, se é a isto que chamam arte contemporânea, então creio que se impõe um certo conservadorismo. O bom senso é posto de parte e assiste-se a uma atrocidade permitida por lei, mas que é totalmente injustificada pelas leis que não estão escritas, as leis da sensibilidade e da coerência. Estas pessoas, que têm como objectivo expôr a degradação e o sofrimento humanos não são mais que indivíduos com um certo desejo de demência, talvez necessitados de ajuda psiquiátrica.

Um dia destes, ainda alguém se lembra de ir buscar uns quantos leprosos e expô-los até que só restem nacos de carne humana putrefacta espalhados pelo chão (perdoem-me a descrição, mas só desta forma consigo fazer entender o que realmente está em causa).

Se desejarem consultar o artigo do público através do qual conheci a notícia, aqui está.

Cumprimentos, Simão Martins

Política Betandwin

Luís Filipe Menezes abandonou a direcção do PSD, estando previstas eleições directas antecipadas para o dia 24 de Maio.

O panorama político nacional parece-se um bocado como o campeonato nacional de futebol. Temos um PS Clube de Portugal, com constantes avanços e recuos, dias em que parece seguro e confiante, dias em que parece que não sabe o que faz, a tomar decisões que são estranhas até para os próprios militantes/sócios, com demasiada gente nova e inexperiente a liderar lugares de topo estratégico; Temos um Sport Lisboa e PSD, maior clube/partido do país, sem rei nem roque, sem rumo, sem estrutura, sem regras, sem solução à vista, e com uma época absolutamente perdida; Um Belenenses Comunista Clube que teima em nunca sair do meio da tabela; Um Boavista Clube de Futebol Popular em absoluto declínio; Um Vitória de Bloco Esquerdista que anda sempre ali a chatear os grandes e a estragar-lhes os planos e a fazer o que muitos não têm verbas/coragem para fazer, mas que toda a gente sabe, que no final, nunca conseguirão ficar acima do 4º lugar.

Pois é, meus amigos, em conclusão vos digo: o grande problema disto, por mais que o meu coração benfiquista custe a admitir, é que nós não temos nenhum Futebol Clube do Porto na cena política do País. Não temos alguém que pegue nas rédeas disto, desde a primeira jornada, e encarreire este nosso Portugal para uma vitória contundente, segura, eficaz, brilhante, e de inegável mérito, contra tudo e contra tudos. Competente. Com ou sem fruta pelo meio.

Nota final: O presidente do meu SLB bem que podia seguir as pisadas do seu congénere político, e abandonar o lugar enquanto é tempo. Vá lá, saia só com um bocadinho de dignidade. Por mínima que seja. Já é tempo, não?

É engraçado como algumas coisas se tornam absolutamente intemporais e parte integrante da cultura e arte - e porque não História? - de tantas sociedades e países, às vezes tão diferentes em muitos aspectos.
Um dos exemplos paradigmáticos disto que vos falo é o tema musical do Super Mario. Aqui estão reunidas algumas das mais bizarras e impressionantes interpretações da obra original do japonês Koji Kondo.
Este post serve também como tributo às incontáveis facetas que a música em geral pode adquirir, fazendo dela (na minha opinião) a mais estimulante e interessante de todas as artes. Apenas é preciso um bocadinho de loucura e uma pitada de criatividade. Escolham a vossa preferida:
















Mario Theme Played with RC Car and Bottles - Watch more free videos

Ballad Of a Thin Man

Fui ver I'm Not There. A história de Bob Dylan, desenvolvida por vezes em torno de incompreensíveis metáforas (para quem não está a par do desdobramento em múltiplas personagens de Dylan, como eu), não deixa, ainda assim, de cativar qualquer um.
A libertinagem que surge alienada a uma necessidade de protesto e crítica política e social manteve-me com os olhos colados no ecrã e muitas vezes proporcionou aqueles pequenos sorrisos em que nos identificamos com o herói da história.
Depois, como é óbvio, não pude evitar ficar estarrecido com a banda sonora fabulosa do filme; permitiu-me, aliás, conhecer uma música que até então (ou até há pouco tempo, pois tinha-la ouvido nos Discos Voadores com o Nuno Galopim, numa rubrica dedicada a Dylan) me era totalmente desconhecida.
O seu nome é Ballad Of a Thin Man e tem origem numa entrevista para um fulano da BBC, creio eu, a que Bob Dylan viria a chamar Mr. Jones. É fabuloso quando vemos e ouvimos algo com que nos identificamos tanto, aquilo que muitas vezes quisemos dizer a alguém e não conseguimos. Quem tem razão? Qual a verdade? Onde é que ela está?

Bom, o senhor Bob Dylan é de facto um senhor muito perspicaz, e este post é dedicado a ele, com a memória fresca de um prémio Pulitzer arrecadado pela enorme importância e influência da sua mensagem musical.

You walk into the room
With your pencil in your hand
You see somebody naked
And you say, "Who is that man ?"
You try so hard
But you don't understand
Just what you'll say
When you get home.

Because something is happening here
But you don't know what it is
Do you, Mister Jones ?

You raise up your head
And you ask, "Is this where it is ?"
And somebody points to you and says
"It's his"
And you says, "What's mine ?"
And somebody else says, "Where what is ?"
And you say, "Oh my God
Am I here all alone ?"

But something is happening here
But you don't know what it is
Do you, Mister Jones ?

You hand in your ticket
And you go watch the geek
Who immediately walks up to you
When he hears you speak
And says, "How does it feel
To be such a freak ?"
And you say, "Impossible"
As he hands you a bone.

And something is happening here
But you don't know what it is
Do you, Mister Jones ?

You have many contacts
Among the lumberjacks
To get you facts
When someone attacks your imagination
But nobody has any respect
Anyway they already expect you
To all give a check
To tax-deductible charity organizations.
You've been with the professors
And they've all liked your looks
With great lawyers you have
Discussed lepers and crooks
You've been through all of
F. Scott Fitzgerald's books
You're very well read
It's well known.

But something is happening here
And you don't know what it is
Do you, Mister Jones ?

Well, the sword swallower, he comes up to you
And then he kneels
He crosses himself
And then he clicks his high heels
And without further notice
He asks you how it feels
And he says, "Here is your throat back
Thanks for the loan".

And you know something is happening
But you don't know what it is
Do you, Mister Jones ?

Now you see this one-eyed midget
Shouting the word "NOW"
And you say, "For what reason ?"
And he says, "How ?"
And you say, "What does this mean ?"
And he screams back, "You're a cow
Give me some milk
Or else go home".

Because something is happening
But you don't know what it is
Do you, Mister Jones ?

Well, you walk into the room
Like a camel and then you frown
You put your eyes in your pocket
And your nose on the ground
There ought to be a law
Against you comin' around
You should be made
To wear earphones.

Does something is happening
And you don't know what it is
Do you, Mister Jones ?

Cumprimentos, Simão Martins

Pérolas Youtubianas - 3

Eu sempre disse que não há sabedoria como a das velhotas que andam nos autocarros e nos metros por essa Lisboa fora. Foi na carreira 47 que aprendi muita coisa sobre Bin Laden e George Bush, sobre a música, sobre a medicina e a saúde, sobre a SIDA, sobre a educação e o civismo, sobre Sócrates (o primeiro-ministro, mas bem que podia ter sido sobre o filósofo), entre muitas outras lições de vida que para sempre recordarei e guardarei com gratidão incondicional e anónima. Mas se as de Lisboa são autênticos oceanos de conhecimento, o que dizer das nossas amigas pensionárias do Norte? Cuida-te Pinto da Costa...