terça-feira, novembro 27, 2007
Du'a
O post de hoje é dedicado a Du’a Khalil Aswad, uma menina iraquiana de 17 anos que foi assassinada por volta de maio deste ano.
A história é simples, mas nem por isso quero que ela seja esquecida. Por ninguém!
Du’a Khalil Aswad vivia em Mosul, no Iraque. Um dia, a menina apaixonou-se por um rapaz e começaram a namorar, o que geralmente acontece com os jovens dessa idade. Só que ela era curda, e ele sunita.
Então um dia, enquanto voltava da escola, Du'a foi surpreendida por cerca de mil homens que decidiram punir esta sua relação amorosa da forma mais inqualificável e desumana: apedrejamento.
Du'a foi apedrejada, pontapeada, chegou a ficar totalmente nua no chão e mesmo assim ainda vivia, até que um último arremesso pôs termo ao sofrimento legalmente imposto por todos aqueles homens.
Talvez o que mais me enoja seja o facto de tal acontecimento nunca ter sido muito publicitado (aliás, este post é uma segunda versão de um já existente no Random Precision, blog através do qual tomei conhecimento do acontecimento em questão), sendo que os homens que fotografaram com os seus telemóveis toda esta cena digna do mais irracional dos animais da natureza, ainda hoje se regozijam por terem tirado a vida a Du'a, por esta estar apaixonada por um rapaz que simplesmente tinha uma religião diferente.
É de facto uma história muito simples.
Mas custou-me muito a contá-la.
Cumprimentos para ti, Du'a, Simão Martins
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4 comentários:
Bem que cena marada....
A gaja deve ter ficado com o corpo bem marcado.
Porque acaso não tens o video no Youtube?
Quer o vídeo do youtube para quê? Não lhe chega a descrição que por si só já arrepia?
Ficou bem marcada, por acaso ficou. Mas não tenho o vídeo nem quero ter porque já sei o que chegue sobre este caso.
(desculpe-me se entendi mal, mas parece-me ter entendido um certo gozo neste seu comentário...é bom que tal não seja verdade, caro Arnaldo Ventura)
Só queria ver o video por curiosidade talvez mórbida. Pelo que percebi a gaja até morreu.
Era mais para ver a que distância estavam os tipos que mandaram pedras e em que parte do corpo acertavam.
simao, parabens por seres sempre sensivel a estas questoes e por tentares sensibilizar os outros! Esta é, de facto, uma historia macabra mas, tristemente, veridica.O bom espirito é um privilegio que estes homens não têm e a noção de que estas coisas acontecem é uma raridade na "cabeça" das pessoas, por isso, acho importante teres abordado o assunto.
Filipa C.
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