Bom, após uma série de dias sem postar, por razões obviamente alheias aqui ao bloguista, regresso hoje com duas notícias que me pareceram dominantes, não só enquanto estive ausente, mas que se verificam ainda «em cima da mesa».
Começo então pela mais recente, de tratamento mais imediato e simples.
Pois bem, o SIM ganhou mesmo no referendo de ontem, dia 11 de Fevereiro de 2007. E como disse, vai ser bastante breve a minha apreciação da vitória do SIM ou, melhor dizendo, do referendo em si. Na minha opinião, a vitória do SIM é sem sombra de dúvidas uma vitória das mulheres e uma vitória para as mulheres que já não terão que se sujeitar a condições desumanas para uma atitude que só a si diz respeito. É uma vitória que deixa de criminalizar (atenção, certos partidários do NÃO, deixa de criminalizar, o que significa que despenaliza, cuja tradução não é certamente liberalização) as mulheres por interromperem voluntariamente a sua gravidez e que lhes possibilita um serviço especializado de acompanhamento legalmente autorizado em condições higiénicas e sanitárias suficientes para o efeito.
Assim sendo, ganhou o voto mais consciente, o voto que conseguiu, na campanha para este referendo, identificar melhor os seus objectivos, dos quais, essencialmente, a redução drástica do aborto clandestino até às dez semanas.
Cumprimentos, Simão Martins
segunda-feira, fevereiro 12, 2007
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2 comentários:
Foi uma surpresa em tanto, tenho de admitir após ouvir tantos elites partidários do NÃO, nunca pensei que o SIM tivesse hipoteses. No entanto houve uma enorme abstenção...
Bem, uma coisa é certa, mudámos mas, será que mudámos para melhor? O tempo sublimemente nos responderá a isto.
Mudámos seguramente Paulo! Ao menos vão morrer menos mulheres por fazerem abortos...Já viste que ninguém as impede disso
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