quarta-feira, março 26, 2008

HAARP & Midnight Boom

Tudo indica que 2008 vai ser mais um ano rico em produção musical, grandes concertos e, acima de tudo, muita qualidade. E se é qualidade que se exige, então falemos dela.
O Radarscópio tem andado de olho e ouvido abertos e até agora houve dois grandes momentos de referência (um terceiro ainda por aprofundar): o dvd HAARP dos Muse, que anunciámos; o mais recente álbum do dueto The Kills, Midnight Boom.

O primeiro, um cd/dvd do já conhecido trio britânico é, sem sombra para dúvidas, uma coisa do outro mundo. O concerto foi gravado no estádio de Wembley no Verão passado, no qual estão 150 mil pessoas em perfeito êxtase para assistir àquele que viria a ser eleito, como o estamos a fazer agora, uma das melhores performances ao vivo de que há memória. A imagem é de facto impressionante; uma definição como nunca vi de uma banda ao vivo, a que se vem juntar, e agora pede-se que apertem os cintos, um som fabuloso. A determinada altura, em plena Stockholm Syndrome, olho para o meu parceiro bloguista e apenas perguntamos: "como é possível?". São 20 músicas que exploram toda a carreira da banda, com especial incidência nos dois últimos álbuns. A "Deluxe Edition" vem com um cd com 14 músicas (do primeiro dia do concerto), um dvd (do segundo dia), três postais e um booklet à maneira. Embora não seja propriamente barato, é um investimento que vale a pena, e o Radarscópio aconselha.

Em segundo lugar, Midnight Boom dos The Kills. Até agora, no que diz respeito a 2008, é sem dúvida o grande Boom musical. Ritmo, guitarradas, músicas de 2 minutos contagiantes até dizer chega, enfim, um álbum que se ouve no repeat sem que se dê por isso. Foi uma óptima surpresa, já que este dueto vinha a progredir com um som um pouco dissonante e excessivamente agressivo, por vezes. A música que aqui deixamos é o single que vai pôr as discotecas aos saltos neste verão, sendo que já estamos a prever remisturas, o que parece inevitável. Cheap and Cheerful.



Por último, Vampire Weekend. Ainda não podemos avançar com uma crítica minimamente desenvolvida, por não termos ouvido devidamente o álbum. Apenas referir que prometem, têm um som alternativo, em que misturam influências da chamada música clássica, do ska e do pop.

Por hoje é tudo, fiquem a aguardar críticas a tudo o que passa por aí.


p.s: atenção aos Storytellers, há actuações e músicas novas em perspectiva!

Cumprimentos, Simão Martins

1 comentário:

Breites disse...

Ando para falar dos Kills há ja algum tempo no sítio habitual...
Midnight Boom é grande álbum, com lugar garantido na minha lista lá para o final do álbum. Cheap and Cheerful é já o segundo single e conta com a produção do homem por detrás dos beats dos Spank Rock, que nos proporciona este que será seguramente um dos temas do ano.

Para os Muse já nem vale a pena gastar o meu latim com comentários. São sem dúvida uma das melhores bandas da actualidade e já têem o seu lugar guardado na história.

Os Vampire weekend... esses rapazes conseguem-me dividir. Sendo que já ouvi o álbum algumas vezes não me parece de todo justificado tamanho hype e tenho a impressão que o álbum se vai esvaziando após algumas audições. Não sou particular fã como já percebes-te mas é óbvio que há por ali excelentes momentos pop com influências africanas e ska...

abraço e continua com o bom trabalho