Hoje o post é dedicado a um dos melhores álbuns de todos os tempos, a primeira criação dos Franz Ferdinand. Para que fique desde já esclarecido, a minha opinião vale como tal, e por isso aceito e discuto quaisquer críticas que com certeza me apontarão.
Mas falemos então um pouco dele.
Considero-o uma das obras mais geniais e essenciais da música, nem que seja pela forma como me chegou, pela reacção que tive ao ouvi-lo, descobri-lo e posteriormente idolatrá-lo.
Tudo começou numa manhã de Março de 2004, ano e mês em que o álbum chegou a Portugal (creio eu, corrijam-me se for necessário); entrei no carro do meu pai para ir para a escola, ao que este me diz "repara bem no que vamos ouvir hoje, é do melhor que já me veio parar às mãos". Bom, admito que fiquei expectante, um tanto ou quanto entusiasmado até, mas cedo a desilusão se apoderou de mim; ao ouvir
Take Me Out, a primeira música que o meu pai me decidiu mostrar, reparei que havia algumas semelhanças entre a sonoridade do início dessa música (
"So if you're lonely, bla bla bla...") e o primeiro álbum dos The Strokes,
Is This It. O instinto guiou o puto que tinha a mania que sabia de música e que rejeitou qualquer outra música desse mesmo cd que lhe fosse mostrada; aliás, esse puto nem sequer imaginava quão errado estava.
Mas felizmente, cedo se apercebeu disso.
E é aqui que começa realmente a minha argumentação. Porque é inevitável ficar indiferente à sonoridade imposta por este quarteto (agora quinteto) escocês, que não hesita em pôr toda a gente aos saltos com a sua música, quer seja através de phones, quer através de amplificações de não-sei-quantos mil watts perante outras tantas mil pessoas. Mas para já, foquemo-nos no álbum em si, e só depois no espectáculo ao vivo.
Franz Ferdinand, que é também o nome da obra-prima a que nos referimos, é aquele tipo de conjunto de 11 músicas reunidas num só cd em que qualquer uma destas poderia ser considerada um single. Entenda-se por single a música que sai para a praça pública e que todos cantam, ou pelo menos trauteiam, que ronda os 4 minutos e cujo tema (ou riff) entra na cabeça e por lá decide ficar. E creio não estar a exagerar, pelo facto de apenas com o já referido primeiro álbum dos The Strokes isso me ter acontecido.
Por outro lado, as prestações ao vivo. Em 3 vezes que estiveram cá, assisti a dois dos seus concertos. O primeiro, a consagração, no Sudoeste de 2004, que conquistaram (segundo a capa da Blitz que estou agora a vislumbrar e que me serve de cábula); o segundo, a confirmação, no Super Bock Super Rock de 2006, em que confirmaram as expectativas de um óptimo concerto e arrasaram tudo e todos, incluindo fabulosos b-sides como por exemplo Lindsay Wells.
Por último, fica também aquela parte chata em que utilizo argumentos (que não os meus) para justificar o que tenho vindo a dizer. Em 2004, ganharam o Mercury Prize, sendo que a crítica internacional e nacional elegeu o álbum como sendo o mais importante da primeira década do segundo milénio (obviamente o melhor álbum desse ano).
Portanto, aqui deixo uma óptima sugestão para quem nunca ouviu, e espero que haja quem o adore e quem o deteste (embora estes últimos terão que me ouvir), pelo que gostava de ver aqui expostas as mais diversas opiniões.
Cumprimentos, Simão Martins