Na semana passada, numa aula de expressão escrita, foi-nos proposto que fizéssemos um texto sobre a tolerância.
Mas não é sobre a tolerância que me vou inclinar hoje.
Ainda assim, e a propósito da tolerância, por que não falar sobre uma frase que já está mais que gasta e é uma daquelas sempre presentes na ponta da língua: «Os gostos não se discutem».
Ora, esta discussão poderia levar horas, mas o meu objectivo será, sobretudo, tentar dar uma resposta a esta frase, uma explicação, uma prova de que isso é verdade.
E qual o meu espanto, quando após uma conversa com o meu velho, me apercebo de que realmente os gostos estão sempre a ser discutidos. Passamos a vida a discutir gostos, nem que seja numa conversa entre dois sujeitos notoriamente alcoolizados em que um gosta mais da cerveja normal e o outro diz que a preta é muito melhor.
A exteriorização dos nossos apreços ou desapreços reflecte-se, exactamente, na discussão dos gostos. É uma característica bem inerente do humano, o que não quer dizer que seja negativo. Aliás, nem sei bem se o facto de passarmos a vida nesta "discussão de gostos" deverá ser visto como uma virtude ou um defeito. Mas é assim que somos, e assim teremos que ficar.
E como os gostos não se discutem, hmm...ups, desculpem, os gostos discutem-se mesmo, mas não será por isso que deixarei de colocar aqui no blog uma das mais belas músicas pseudo-eruditas, dos Penguin Cafe Orchestra.
Air a Danser
Cumprimentos, Simão Martins
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