sexta-feira, fevereiro 23, 2007

PLEASE DO NOT WATCH THIS AT HOME!


É bem sabido que muito do que hoje se vê na nossa televisão é de uma qualidade por vezes tão ínfima que chega a amedrontar qualquer espectador minimamente razoável.

Assim, e uma vez mais criticando algumas coisas que vêm lá da terra do Tio Samuel, o tema do post de hoje destina-se a uma das maiores atrocidades da televisão de todos os tempos. Falo, claro está, do conhecido fenómeno da WWE. Para quem nunca ouviu falar, a WWE (World Wrestling Entertainment) é uma companhia de entretenimento norte-americana de Wrestling. O «espéctaculo» é, de resto, bastante simples. Histórias encenadas, lutas que na maioria das vezes não passam elas também de encenações forçadas, etc..

O meu alvo de contestação é não só o fenómeno em si, que já vai rendendo uns milhões, mas também a condescendência que as entidades reguladoras dos EUA têm para com este tipo de programas, quando censuram (no verdadeiro significado da palavra) partes de outros programas ou projectos por vezes bem mais pedagógicos. Julgo que muitos de vocês ouviram falar no escândalo que envolveu Janet Jackson e Justin Timberlake num espéctaculo ao vivo, em que este retirou a protecção de um dos seios da sua colega, provocando uma polémica tal, que neste momento existem entre 3 e 5 segundos de delay nas emissões em directo, para que este tipo de situações possam ser autenticamente «censuradas». Este processo de censura até já abrangeu músicas de bandas como os Rolling Stones, com o seu tão conhecido êxito, Satisfaction. Ora, isto leva-me a pensar que os EUA estão a retroceder a passos largos em relação ao resto dos países ditos «desenvolvidos». Por exemplo, na MTV americana não são permitidas as chamadas asneiras, impropérios ou como lhes queiram chamar, ao contrário da MTV europeia, em que tal não se verifica.

À luz destes factos, apenas posso concluir o seguinte:

Não podemos ver corpos nus (ou parcialmente), mas o que o WWE e a maioria dos videoclips de hip hop e rap promovem é precisamente isso! Quem nunca viu um videoclip do conhecido 50 Cent com quatro ou cinco mulheres a exibirem-se pornograficamente, rebaixando o sexo feminino ao mais nojento possível? No WWE, para além das lutas masculinas, existem também as lutas femininas com mulheres em biquini, cuja postura não está assim tão longe da nudez quanto isso. Será que não podemos ouvir palavras que não se devem dizer, ver mulheres nuas (não necessariamente na totalidade), mas já podemos assistir a lutas de ringue que só demonstram o quão primitivo o ser humano consegue ser? Não, o WWE não é desporto, e eu hoje assisti a um episódio na totalidade para poder comentar o que por lá se passa. Ocupa cerca de três ou mais horas diárias na Sic Radical e vai passar a existir um espaço para este entretenimento também na Sic generalista.

O que mais me surpreende, e tendo em conta que ser trata de um espectáculo que promove a violência como base e/ou consequência de um quase inexistente diálogo, é a quantidade exorbitante de audiências que este evento vai tendo e somando, o que é no mínimo preocupante. Assim sendo, tão cedo não poderemos assistir à extinção deste fenómeno (depreciativamente falando).

É pena.

Cumprimentos, Simão Martins

14 comentários:

Anónimo disse...

Wrestling é como um vai-vem no que toca a popularidade além Estados Unidos. Eu sei que à questão de 10 anos a popularidade do Wrestling, outrora dominada pela impresa WWF (World Wrestling Federation) foi em Portugal um fenónemo em tanto que levou a impresa a uma tour ao nosso ao país no casino do Estoril. A perda de popularidade deu-se com a perda da popularidade da RTP1 que perdeu terreno para a SIC. Não demoraria muito até a RTP1 deixar de exibir os combates "primitivos".
No entanto, com a SIC Radical à questão de 4 anos atrás, a popularidade foi "rescussitada" e cada vez parece se estar a expandir mais... fico incrédulo ao ver camisolas do John Cena a serem vendidas e cromos do Bolicao em oferta. Agora, porquê este fenónemo? Simão, não disseste melhor do que o que eu poderia dizer... primitivo. Todos nós somos primitivos ou temos parte dela no nosso consciente (nesses casos é mau), subconsciente e inconsciente o que nos levará para a inevitabilidade de haver comportamentos primitivos no nosso supraconsciente e é ai que o WWE e outras empresas de Wrestling vingam (eu já nem digo socieadades desportivas). Uma luta de rua, uma trama ou uma luta de rua onde o homem conhece por "cuscuvelhice" a trama suscita sempre curiosidade. Prova é, se eu te disser que está a haver pancadaria ao pé da tua casa Simão, tu vais logo ver à janela. O que acontece a seguir é a nossa indecisão entre o primitivo e a nossa obrigação ou dever social respectivamente se, continuamos "infeitiçados" a ver a briga ou se chamamos a polícia para resolver o assunto antes que aconteça alguma desgraça. O que acontece no WWE é basicamente isto, apresentam-nos um "enredo" (mal escritos na maioria), actores (alguns maus, alguns péssimos), lutadores (alguns maus, outros bons) e dps a própria luta com toda esta sopa misturada. O conceito não é mau de todo se formos a ver. É óptimo para uma empresa pegar na nossa primitividade e conseguir ganhar lucro... admiro-me como é que o Mcmahon ainda não é mais rico que o Gates.
E agora, passar para canais generalistas? O próprio Pequim já afirmou que foi um erro exibir um episódio numa tarde de Domingo tendo em conta que o seu Share foi muito inferior ao que a SIC Radical consegue obter com o mesmo programa, ao mesmo dia e à mesma hora. Aí está a razão porque à canais específicos e canais generalistas tendo o primeiro um público alvo "específico", o segundo um público "generalista". O Gato Fedorento foi bem sucedido na sua transição para os canais generalistas de facto, o meu avô delira ao ouvir as palermices do Araújo Pereira no entanto, não estou a imaginar o meu avô a delirar com as palermices do Undertaker.
Se é desporto? Ora isso é dificil dizer. Eu não sei o conceito de base de desporto mas se a existencia de pancadaria exila um fenonemo de ser desporto então, até o próprio desporto Rei deixa de o ser em muitos casos (sim estou-me a referir ao Futebol e às claques que o suportam).
No entanto, referiste e muito mal a "pornografia" nos media... meu caro, no máximo vês "nudismo" ou "erotismo" pois pornografia é "pecado".
O "nudismo" ou o "erotismo" (como uma arte ou uma exploração, dificil de definir também) é talvez a mais poderosa fonte de Marketing existente. Quer queiramos quer não, mas qualquer imagem com conotação sexual desvia-nos a atenção imediatamente para essa imagem. O 50 Cent como não é uma rapariga volumosa como a Beyonce, precisa de ter as suas bailarinas "porcas" mas "boas" se não, não seria o fenónemo que é hoje. Infelizmente é assim, o mundo e a T.V está cheia de porcaria que não é filtrada e depois ainda acusam os video-jogos de fazerem propaganda ao canibalismo quando esse assunto já foi tratado em muitos livros (que qualquer pessoa pode ler) ou filmes (muitos em horários nobres). Estou-me a referir a uma crónica do escritor João Aguiar na revista "Super Interessante" em que o "sábio" escritor acusa os video-jogos de serem os maiores propagandistas de violencia e afins quando isso está presente quase em qualquer livro que leiamos ou em qualquer filme americano que vejamos. É preciso ter bom censo "and know when to watch or not to watch this at home"... nuff said :O

Anónimo disse...

Porque é que não há um thumbnail de edição de posts? Que nervos -.-

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*há canais

Anónimo disse...

olhe meu caro queria tabém deixar a minha opinião....
acho que o wrestling não passa de uma palhaçada estupida e arrogante.
primeiro porque só demonstra uma má educação ás crianças.
e todos nós sabemos que o wrestling é praticado pelas crianças em casa ou até na escola com aqueles ataques por vezes muito perigosos que até deixaram marcas até ao resto da sua vida
era so meu amigo simao :)
e continua com o teu blogg porque tens uma boa mentalidade e sabes escolher bem os temas para se dialogar

Simão disse...

Paulo, há uma coisa que me atormenta. É que para além de isto estar a acontecer agora, tu e eu e toda a gente da nossa geração vamos provavelmente ser apelidados d'«os da geração do Wrestling».

O que não me agrada nada. Em segundo lugar, se todos nós somos primitivos, então vamos lá fazer uma distinção entre o primitivismo do Wrestling e o meu primitivismo. Vês? Faz algum sentido? Bem me parecia que não.

Por último lugar e é algo em que discordas comigo, penso que estarmos aqui em jogos semânticos com o objectivo de distinguir pornografia de erotismo ou nudismo é inútil. O facto é que, mais vestidas ou nem por isso, as mulheres que são expostas nesses videoclips que saem diariamente humilham e reduzem ao ínfimo algo que as mulheres demoraram SÉCULOS a obter: a emancipação.

E se o post não é sobre isso então há-de vir um, porque eu não estou disposto a ser emparelhado com qualquer pessoa de qualquer meio que seja que faz para promoção da sua imagem, marca, etc. uso de mulheres praticamente nuas.

É tudo, cumprimentos

Anónimo disse...

Meu caro anónimo, a educação não se deve de deixar exclusivamente a cargo da televisão se bem que infelizmente é isso que acontece.
Se as crianças fazem ataques dessesn é porque vêm programas como o WWE e não têm "apoio" moral dos pais. Os vários casos de crianças que se atiravam de uma janela para voarem após verem o Dragon Ball são da responsabilidade unica e exclusiva da série? Uma pessoa tem comportamentos canibais PORQUE é fã do Hannibal Lecter?

Anónimo disse...

Ainda na idade de ouro do Egipto onde as mulheres eram emancipadas, havia prostituição à mesma. Um facto não invalida o outro.

Pornografia é a representação de um acto sexual consumado enquanto nudismo se refere a uma prática que não precisa de exemplificação e erotismo é o uso do corpo (por vezes sem tar nu) para criar sensações de excitação. É a arte da sedução por assim dizer. Mas de facto, é inútil estar a mensionar as diferenças se não houver interesse para tal.
Qual é o problema da nossa geração ser apelidada de geração do Wrestling? Se foi esse o fenónemo dominante (o que não é, acredito mais que sejamos apelidados da geração do hip pop). Lá por pertencermos a uma certa geração não quer dizer que tenhamos os ideias que a maioria das pessoas têm/tiveram.
Qual é o problema de dizer que uma pessoa é da geração do Eusébio, dos Pynkfloids ou qualquer outro fenónemo?
Geez... :O

Simão disse...

O problema é tu seres «metido no mesmo saco» de todos os outros! Cada pessoa é autêntica e deve destacar-se como tal, mas isso não pode acontecer se disserem daqui a cinquenta anos que o Joaquim, o Manuel, a Maria e etc (que por acaso nem gostavam de Wrestling, nem sequer tinham ouvido falar) foram parte da geração do Wrestling.

É por essas e por outras que os ditos vencedores da Segunda Guerra Mundial consideraram tudo o que era alemão culpado do genocídio. De certeza que também havia quem fosse uma boa alma, não concordas? O facto de eu ser recordado mais tarde não pela pessoa que fui mas por na minha altura ter havido um fenómeno sensacional chamado WWE incomoda-me bastante. Pena um pouco nisso.

Simão disse...

Ah e não cheguei a comentar a tua opinião sobre pornografia.

A questão da minha revolta tem base na utilidade da nudez das mulheres! O facto de elas se despirem quase totalmente em torno de dois ou três rappers rebaixa a condição feminina ao mais básico e aqui sim, PRIMITIVO!

Estás apenas a tentar ser condescendente onde não tens margem para tal. Admite que não é tolerável que se venda assim a imagem da mulher.

Anónimo disse...

Mas a mulher é que está a vender a sua imagem. Se ela investe no corpo (sim porque manutenção de um bom corpo custa muito e não me estou a referir a meios económicos) é natural que o queira "vender". Quero com isto dizer: elas estão lá porque querem.

Se estás preocupado como vais ser lembrado, preocupa-te primeiro se vais ser lembrado e depois preocupa-te com os promenores. Os alemães têm mais vergonha da segunda guerra mundial e consciencia do seu papel nela do que a maioria do resto do mundo. Hoje em dia ninguém vê a Alemanha como a inimiga do mundo mas sim como o monopólio da economia europeia. Mas isto somos nós, mas as cicatrizes do Nazismo são mais lembradas pelos alemães do que por nós.
Quero com isto dizer, que isso é uma preocupação sem sentido

Anónimo disse...

Grande post!

Sempre odiei Wrestling e não penso que alguma vez vá gostar de uma coisa que considero violência no seu estado mais puro e cru, misturado com a estupidez de ser apenas uma encenação mal ensaiada, mal representada e que tem consequências muito más.

É engraçado como os EUA se dizem a nação mais fabulosa do planeta ("I pledge alliegeance to the flag of the United States of America") e proclamam aquele falso conservadorismo quando são o país de onde surge mais violência, mais ignorância e mais pobreza de espírito.

Se este caso da Janet Jackson na Superbowl tivesse acontecido no nosso país, posso afirmar com quase toda a certeza que não ia ter nem por um momento o impacto que teve nos EUA. Penso que todos iriam dizer "Ah, que giro, mostrou uma maminha! Tão giro!" e no dia seguinte já ninguém falava disso. Aliás, ela nem mostrou o seio por completo, tinha o mamilo todo tapado - e, sinceramente, já vi gente na rua a usar menos que isso.

O que mais me impressiona é a quantidade de pessoas que escreveu cartas a dizer que se sentiam ofendidas com o sucedido. Ofendidas com o quê? É assim tão nojento e perverso que uma mulher do meio artístico tenha feito tal coisa? Pelo que vi, nem foi de mau gosto e a dita senhora manteve toda a integridade. É certo e sabido que podemos ser muito sexys, mas com gosto! A própria Laura Bush veio dizer que "não é este tipo de TV que queremos que as nossas crianças vejam". E ver Wrestling, é pedagógico e inocente? Ensinar as crianças que um homem não deve trabalhar na sua intelectualidade mas apenas trabalhar os músculos para poder bater nos outros é bom? E dar-lhes uma ideia totalmente errada da mulher, que só serve para alguma coisa se tiver mamas gigantes e um traseiro maior, deve ser excelente para a futura vida amorosa e sexual das crianças amorosas, na opinião de Laura Bush e de imensas outras pessoas.

Caro Paulo, não concordas que os vídeos de hip hop têm pornografia autêntica? Custa-me ver as letras dessas músicas e a imagem que esses artistas promovem, em que o importante é só ter dinheiro, ser temido pelos outros porque temos músculos ou temos uma arma, e ir para a cama com o máximo de raparigas que for possível. Se reparares, nesses vídeos raramente aparecem as caras das raparigas - apenas se vêem os outros "atributos" que possuem. É desgostoso o que essas pessoas fazem quando tantas mulheres lutaram muitas vezes até à morte para eu conseguir hoje dizer que sou mulher, mas sou igual a qualquer homem que ande aí. Para além disso, existe a ideia errada que o sexo ganhou com tudo isto - algo que se faz sem amor ou qualquer tipo de emoção, em que o importante é o prazer do momento. O sexo é a maior fonte de vida que temos e é verdadeiramente sagrado, portanto não pode ser encarado como algo sujo ou pecaminoso. Claro que a pornografia ou qualquer uma destas coisas que o Simão referiu contribuem e muito para a objectificação e má-concepção do sexo, já muito conspurcado pelas religiões.

Quando dizes que o facto de os meninos andarem por aí a brincarem ao Wrestling não é culpa dessa organização, devias pensar melhor. Não achas que a pessoa ou pessoas responsáveis por este programa televisivo deviam ao menos ponderar sobre o efeito que pode ter na população mais nova antes de concretizar o projecto que têm em mente? É que nem todos têm a sorte de ter uma boa estrutura familiar em casa, com o devido apoio moral e ético. E não é por isso que devemos ignorar essas crianças, que provavelmente são mais do que as outras, e deixá-las continuar a obra desta gente ao promoverem ainda mais o que eu considero o maior mal da Humanidade - a violência.

Pensava que estávamos a evoluir e não a regredir!

Só sei que não quero ser incluída no grupo de pessoas que considera isto aceitável, e espero sinceramente que num futuro próximo (ou não, por este andar) a violência seja encarada como o acto estúpido que é na realidade.

*

Anónimo disse...

Exemplo - num vídeo da Fergie, ela "conquista" uma sala de homens porque aparece de cuecas e se põe em cima da mesa a abanar-se. Porque não chamar a atenção dos homens da sala ao mostrar que até somos inteligentes?

Anónimo disse...

Eis um exemplo de emancipação de uma mulher que usou o corpo não de maneira pornografica mas erótica ganhando não só a possibilidade de trabalhar a solo como até se igualar ao grupo dos Black Eye Peas.

Raquel, se não há uma estrutura familiar em casa, aí chegamos a um problema que não tem nada a ver com o wrestling, os video-jogos, os filmes ou os livros que podem incentivar a violencia... vemos ai o maior problema que ironicamente provem da emancipação das mulheres (esta ideia parece um bocado machista mas acredita em mim, é o mais imparcial que pode ser). Quantas horas passavam os pais com os filhos em 1940? Poucas... apenas as suficientes para os reprimir. Quantas horas passavam as mães com os filhos? 24 sobre 24 horas. Havia uma certa estabilidade neste desiquilibrio. Em 1990 o número de horas por dia que uma mãe passa com os filhos aproximou-se radicalmente ao mesmo número de horas que os pais passavam em 1940 e que ainda hoje continua equilibrado (conclusão obtida de documentos lidos na cadeira de Geografia Humana). Aqui está o reverso da medalha da emancipação das mulheres. Um equilibrio negativo que surgiu.
Aí temos explicada a má estruturação das famílias... um problema não global mas sim internacional nórdico. Por tanto, a pedagogia das crianças fica a cargo das escolas e da televisão e mais recentemente da internet. Aí é que entram não só o wrestling mas a verdadeira pornografia que pode ser visionada sem quaisquer filtrações nos motores de busca mundialmente conhecidos.

Eu pessoalmente, só gostei de wrestling quando estava curioso, agora, tal como um truque de ilusionismo quando já se sabe o "seu terceiro passo" já não tem piada nenhuma. Já li, investiguei, reli e reinvestiguei tudo o que tinha a ler e a investigar sobre o wrestling e a sua história, percebo-a, sei como se faz e portanto já não tem piada. Mas isto sou eu que gosto de saber as coisas a fundo algo que sempre me foi carecteristico e gozado (ah e tal o Paulo sabe sobre a história do Japão... pois sabe, porque achou curioso um país tão fraco como Portugal em recursos ser uma potência mundial).

Esta é a minha posição em relação ao wrestling que cito as palavras do Miguel: quem não gosta, não vê. Eu já não gosto, já não vejo mas não sou ingénuo ao ponto de culpar o wrestling pela má educação das crianças. Nuff said it... again.

Simão disse...

Paulo, o teu discurso deixa-me sem palavras mas não é certamente pela positiva. Cá vai:

Primeiro, não podes afirmar que para uma família ser estruturada têm que nela existir no mínimo uma figura de autoridade parental presente no mínimo 24 horas por dia? Então as pessoas instruem-se, constroem uma carreira e por causa do seu percurso e/ou sucesso (ou não) a educação dos seus filhos fica detorpada?

É certo que muito do que se aprende na escola é essencial para a formação não só académica como também do carácter de qualquer indivíduo, mas não podemos de maneira nenhuma dissociar este processo da educação a partir do lar, que é indubitavelmente essencial!

O que os meios de comunicação fazem não é educar, é apenas dar a conhecer que tipo de educação é que cada um prefere. E tal como não me canso de referir, por vezes o ser humano consegue ser mesmo primitivo, e já que assim é, vamos então optar pelo mais fácil.
Resultado: WWE, videoclips com mulheres semi-despidas que fazem o uso do seu corpo para atrair a atenção do público masculino, etc.

Apenas não faz sentido que caminhemos nesta direcção, não podemos deixar que sejamos englobados numa estupidez e ignorância já por si bastante global (perdoem-me o pleunasmo)!

Anónimo disse...

[Quote]Primeiro, não podes afirmar que para uma família ser estruturada têm que nela existir no mínimo uma figura de autoridade parental presente no mínimo 24 horas por dia? Então as pessoas instruem-se, constroem uma carreira e por causa do seu percurso e/ou sucesso (ou não) a educação dos seus filhos fica detorpada? [/quote]

Eu nunca disse que era necessário um pai ou mãe estar 24 horas presentes para dar uma educação razoavel a uma criança... é necessário que estejam pelo menos uma quantia suficiente delas para tal. Eis uma triste realidade: carreira à frente da família, eis outra realidade, somos incentivados para isso.

[QUOTE]É certo que muito do que se aprende na escola é essencial para a formação não só académica como também do carácter de qualquer indivíduo, mas não podemos de maneira nenhuma dissociar este processo da educação a partir do lar, que é indubitavelmente essencial![/QUOTE]

Mas a função das escolas é dar formação académica não noções axiológicas. Isso cabe às famílias.

[QUOTE]O que os meios de comunicação fazem não é educar, é apenas dar a conhecer que tipo de educação é que cada um prefere. E tal como não me canso de referir, por vezes o ser humano consegue ser mesmo primitivo, e já que assim é, vamos então optar pelo mais fácil.
Resultado: WWE, videoclips com mulheres semi-despidas que fazem o uso do seu corpo para atrair a atenção do público masculino, etc. [/quote]

Os meios de comincação fazem aquilo para que foram concebidos: comunicação. São nos comicados lixo, é a nossa educação principalmente ofericida pelos nossos encarregados de educação que deverá definir se é lixo ou não, se há interesse ou não etc.
Tu quando tens um trabalho académico para apresentar tens de encontrar fontes. Vais encontrá-las aos montes e será a tua habilidade académica que filtrará o que interessa ou não. Tu não podes querer já toda a informação filtrada pois não?

[QUOTE]Apenas não faz sentido que caminhemos nesta direcção, não podemos deixar que sejamos englobados numa estupidez e ignorância já por si bastante global (perdoem-me o pleunasmo)! [/QUOTE]

Olha que xatice, estás ENGLOBADO nos fenónemos de ponta, Simão. Se um português cometer um crime na Inglaterra, todos os portugueses são criminosos. Se o Saramago ganhar o Nobel da literatura, os portugueses são exímios escritores e por aí adiante. Não és tu quem escolhe os rótulos. Nem tu nem ninguém, apenas um conjunto de acções e acontecimentos o fará. Mas já que TU não podes mudar o mundo, tens de ser TU a mudar primeiro (se assim for preciso). O hip pop anda aí. Muito bem. Pertenço à geração do hip pop? Pertenço sim senhor. Pratico a filosofia do hip pop? Não obrigado.

Agora, digo e repito, não culpes os outros pelos teus erros. Se te drogas, fazes-lo porque queres, não vais culpar o teu pai ou a comunicação social que não souberam te dizer os contras dessa prática.

[QUOTE]Paulo, o teu discurso deixa-me sem palavras mas não é certamente pela positiva. Cá vai:[/QUOTE]

Para quem não tinha palavras, esteve muito bem e fico contente por não concordades comigo ou então não estaria a responder-te. Continua assim.

PS: Ignora os códigos [QUOTE] e [/QUOTE], foi só uma experiência para ver se esta função está operativa na "blogoesfera" (que nome horrível não?)