segunda-feira, fevereiro 12, 2007

A má notícia...


E se o dia de ontem foi algo de positivo na sociedade portuguesa, o mesmo já não se pode dizer de um acontecimento do dia 2 de Fevereiro, num jogo de futebol da série A italiana, uma das principais competições futebolísticas europeias.

A razão pela qual não produzi até hoje qualquer texto sobre um acontecimento futebolístico de relevo, foi porque não tinha encontrado razão para o fazer. Pena ter sido esta a razão.

O sucedido deve ser bem conhecido por quase todos, mas passo ainda assim a descrever o que se passou: na 22ª jornada da liga italiana de futebol, defrontavam-se Catania e Palermo, um fervoroso derby siciliano. Galvanizados pela derrota da sua equipa, que até jogava em casa, os adeptos do Catania decidiram lançar-se numa revolta tal, que dessa atitude resultou um polícia morto, atingido por um explosivo. De imediato, o comissário extraordinário da Federação italiana, Luca Pancalli, decidiu suspender todos os campeonatos, incluindo os jogos da selecção italiana.

A razão pela qual decidi comentar este acontecimento é simples: a partir do momento em que um estádio de futebol ou de qualquer outro desporto se transforma numa arena gladiatória, a selvajaria impera e pouco há que possamos fazer contra a raiva das claques ou mesmo multidões apoiantes dos diferentes clubes. É por isso que devemos ser chamados a pensar para que servem as coisas. Para que serve o desporto? Para os desportistas, constitui o seu emprego, hobby, lazer, etc. Para os apoiantes, entretenimento. En-tre-te-ni-men-to. Revolta-me pensar que o calor da situação acabe tantas vezes em cadeiras voadoras, invasões proibidas de campo ou, como foi o caso, uma morte. Na Inglaterra, o país que criou o futebol, as pessoas vão «à bola» com o mesmo espírito com que nós, portugueses, vamos ao cinema. Claro que falo do público comum, não me refiro obviamente aos tão conhecidos Hooligans que usam o futebol como pretexto do seu desejo de vandalismo.

Entretanto, a maior parte dos jogos vão sendo realizados à porta fechada. Concordo plenamente, pois há que reflectir sobre certas atitudes irreflectidas ou não que se verificam tantas, tantas vezes por esse mundo. É altura de evoluir do macaco, esta é a circunstância da distinção, por que não aproveitá-la?

Cumprimentos, Simão Martins

5 comentários:

Anónimo disse...

É muito triste situações destas comparaveis às que acontecem na ligua de futebol sul americana acontecerem na Europa.
Deviamos de ficar pelos jogos de futebol online, ao menos assim é impossivel agredirmos os nossos adversarios quando o nosso mau perder nos toma conta :P (ignorem os monitores partidos claro)

Anónimo disse...

Eu não percebo nada de futebol, mas se o Simão diz, é porque é verdade! Violência e desporto nunca combinaram!

Ana

Anónimo disse...

não me surpreende...

falamos nós das nossas claques mas afinal estes são piores; e foi um jogo entre o Catania e o Palermo, imagina se fosse entre a Lazio e a Roma, com os da Lazio sendo racistas e com os da Roma sendo xenófobos.

de facto, nisso, os ingleses são impares no fair play (quando falo de ingleses são aqueles que vao ver jogos da Premier League, não os "hooligans" adeptos da selecção)

e, Simão, permite-me discordar, mas não é com estádios fechados que isto se resolve - para mim era a dissolução absoluta das claques, sem retorno - os VERDADEIROS adeptos não devem pagar por actos de estupidez de uma minoria; olha o caso do Co Adriaanse no Porto (ok, o gajo era uma besta, mas n merecia ser tratado da maneira q foi - até foi campeão e tudo!)

beijinhos, abraços e arrobas do Pedretti

Anónimo disse...

Se violência e futebol nunca combinaram como a Ana disse, então eu digo que Pedro e futebol combinam demais ^_-

Anónimo disse...

Patau, deixa-me lá brilhar em alguma coisa, catano xD